Depois de um segundo trimestre que ficou no vermelho (-0,003 euros por ação), devido a custos extraordinários da atividade na Polónia, o BCP obteve lucros de 0,002 euros por ação no terceiro trimestre.
Este valor ficou um pouco aquém do que esperávamos, embora corresponda a uma recuperação significativa face ao trimestre precedente.
De janeiro a setembro, o banco alcançou lucros de 0,006 euros por ação, ou seja, mais 63,4% do que no período homólogo.
A par da boa evolução da atividade e dos lucros gerados em Portugal, o resultado do período foi afetado pela contribuição negativa da atividade na Polónia, devido a custos extraordinários de 393 milhões de euros (ME) associados a créditos concedidos em 2008 em francos suíços, a provisões de 304,6 ME para moratórias de crédito que foram decretadas neste país e a uma imparidade de 102,3 ME relativa à participação de 50,1% no Bank Millenniun (contabilizada no 2º trimestre).
Excluindo os custos extraordinários registados na Polónia, o lucro líquido teria sido de 0,035 euros por ação.
Destacamos o aumento de 32,7% da margem financeira do grupo, que é obtida pela diferença entre os juros cobrados nos empréstimos concedidos e os que o banco tem de pagar pelos fundos que lhe são confiados como os depósitos de clientes, a beneficiar da subida das taxas de juro.
Conselho
Em face dos resultados trimestrais, revemos em baixa as nossas estimativas de lucros por ação, de 0,016 para 0,012 euros em 2022 e de 0,023 para 0,022 em 2023.
Mas não alteramos o conselho. Pode manter o título em carteira.
Cotação à data da análise: 0,15 dólares