Em destaque: Basf, Berkshire Hathaway, Bouygues e Danone
Publicado em: 10 março 2022BASF
Após os bons resultados de 2021, a química alemã BASF espera que o lucro operacional diminua em 2022, devido ao menor crescimento económico e às perturbações nas cadeias de abastecimento. A (dececionante) previsão revela os riscos da pandemia e dos preços mais elevados da energia, mas não a guerra na Ucrânia. As vendas na Rússia e na Ucrânia representam apenas 1% e 0,2% respetivamente. Contudo, a BASF ainda detém 67% da subsidiária de hidrocarbonetos Wintershall Dea (codetida com a LetterOne).
Ainda porque o IPO, inicialmente previsto para 2020, já foi adiado várias vezes. Esta subsidiária gera metade da sua produção a partir de instalações de extração na Rússia e participou no financiamento do gasoduto Nord Stream 2. Devido a este último, a Wintershall DEA vai ter prejuízos com o seu financiamento de mil milhões de euros.
Além do risco das sanções, esta subsidiária é politicamente inconveniente para a BASF, que quer colocá-la em bolsa já em 2023. Mas não será ao melhor preço, daí a relutância do seu parceiro LetterOne. Reduzimos as estimativas de lucros por ação de 5,8 para 4,7 euros em 2022 e de 6,2 para 5,4 euros em 2023
Além da deterioração da conjuntura económica é provável que a Wintershall DEA penalize a BASF nos próximos meses. Mesmo com a forte queda da cotação, limite-se a manter se já detém a ação. Manter.