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Em destaque: Alphabet, Euronav, Mapfre, Royal Dutch Shell, Verizon
Há um ano - 15 de março de 2022Alphabet
A empresa-mãe da Google, anunciou a aquisição da Mandiant por 5,4 mil milhões de dólares. Esta empresa norte-americana, especializada em cibersegurança, vai juntar-se à atividade de cloud da Alphabet.
Do ponto de vista estratégico esta transação permite reforçar a presença num mercado em rápida expansão e acompanhar a Microsoft e a Amazon na corrida à nuvem. Num contexto em que as empresas nunca estiveram tão expostas ao risco de ciberataques, a Alphabet poderá agora oferecer uma solução mais completa e integrada.
Embora a Mandiant ainda não seja rentável, o impacto financeiro da transação é insignificante para a Alphabet (representa apenas 0,3% da sua capitalização bolsista). Manter.
Euronav
O embargo anunciado pelos EUA e pelo Reino Unido (até ao final do ano) à importação de petróleo russo tornará o transporte marítimo ainda mais caro.
Os preços do transporte de petróleo russo do Mar Negro ou do Báltico triplicaram e quintuplicaram, respetivamente, desde 24 de fevereiro, fruto da relutância dos armadores em arriscarem-se a ficar com as cargas embargadas a bordo.
Antes da crise, o preço dos fretes não cobria totalmente os custos, devido ao lento aumento da produção esperado pelos países da OPEP+, determinados a aumentar o preço do barril.
Ora se as exportações russas de petróleo (5 a 6 milhões de barris/dia) forem afetadas por um embargo geral (ainda não é o caso), a perspetiva de viagens mais longas e, portanto, de uma maior procura de navios (mesma quantidade transportada, mas viagens mais longas) impulsionaria o transporte de petróleo para a Europa.
Um cenário que deve beneficiar a Euronav. Se aceita um maior nível de risco pode comprar.
Mapfre
A seguradora espanhola informou que a solvência no final de 2021 se situou em 206%, ultrapassando os 193% de 2020. Ou seja, os fundos próprios da Mapfre são mais do dobro do mínimo exigido para desenvolver a atividade.
São boas notícias que fazem parte dos objetivos prosseguidos pela empresa. A seguradora está bem diversificada, o negócio é sólido e, com a atual turbulência, o rendimento do dividendo ultrapassa 8%.
No longo prazo, a ação é interessante, embora a curto prazo, poderá sofrer se o conflito na Ucrânia se intensificar e a economia europeia acabar por entrar em recessão. Comprar.
Royal Dutch Shell
A petrolífera sai completamente da Rússia. Para além da cessação das suas atividades com a Gazprom e da venda da participação no gasoduto Nordstream 2, decidiu parar as compras de petróleo da Rússia e encerrar as suas estações de serviço.
O custo continua por determinar mas o impacto será limitado. A Rússia representa menos de 5% da produção de hidrocarbonetos do grupo, muito menos do que a BP (31%) ou a TotalEnergies (17%). As fontes de fornecimento da Shell estão bem diversificados. Manter.
Verizon
A gigante norte-americana das telecomunicações anunciou as suas metas para 2024. Sem surpresa, depois de um aumento de 3% este ano, a receita deverá avançar 3% em 2023, 4% em 2024 e nos anos seguintes. Prevê-se que o crescimento dos lucros operacionais seja idêntico ou ligeiramente superior.
Perspetivas de crescimento comparáveis às dos concorrentes. Para atingir as metas, a Verizon espera um aumento das receitas por subscritor, em particular com a implementação dos seus planos móveis ilimitados, que deverão captar 70% dos seus subscritores móveis até 2025 contra os atuais 33%.
Depois de gastar cerca de 47,6 mil milhões de dólares na compra de licenças 5G em 2021, espera-se que os investimentos abrandem gradualmente, facilitando a redução da dívida da Verizon e o aumento regular do dividendo nos próximos anos.
O pagamento de um dividendo elevado permanece também o principal atrativo da ação com um rendimento, à cotação atual, em torno de 4,9%. Mantemos a nossa previsão de lucros por ação de 5,5 dólares em 2022 e de 5,7 dólares em 2023.
O grupo anunciou os objetivos para os próximos anos. Sem surpresa, espera-se que o crescimento dos lucros permaneça reduzido. O principal atrativo da ação continua no pagamento de um dividendo generoso. Manter.
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