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Em destaque: Assa Abloy, BNP Paribas, Check Point, GlaxoSmithKline, H&M, IBM, Teva
Há um ano - 15 de fevereiro de 2022Assa Abloy
O grupo sueco registou bons resultados no quarto trimestre de 2021. Um facto reconfortante tendo em conta que a administração havia-se mostrado cautelosa quanto ao final do ano.
O crescimento da receita orgânica ascendeu a 10% face a 7% no terceiro trimestre. A progressão mantém-se sobretudo dinâmica no mercado norte-americano (+17%) e nos sistemas de entrada (armazéns, +14%).
De acordo com a administração, o aumento dos preços de venda tem mais do que compensado o acréscimo dos custos, o que é uma boa notícia. E a Assa Abloy anunciou novos aumentos para o trimestre em curso.
O bom nível de dinheiro gerado ao longo do ano ajuda a financiar aquisições sem deteriorar o sólido balanço. Quinze operações foram assinadas em 2021, incluindo a aquisição da norte-americana HHI. Uma importante compra que ajudará a reforçar-se no mercado residencial dos Estados Unidos.
O grupo confirmou ainda as principais orientações da sua estratégia como o nível de crescimento do volume de negócios e de rentabilidade. Os resultados trimestrais mostraram um crescimento mais sustentado do que o previsto.
Mantemos a confiança nesta empresa bem gerida e com boas perspetivas. As ações estão a negociar a menos de 24 vezes os lucros esperados para 2022, um nível razoável e em linha com os últimos anos. Comprar.
BNP Paribas
As metas anunciadas para 2025 estão em linha com as conquistas dos últimos anos. O BNP Paribas tem como objetivo novas aquisições na Europa para crescer em determinados negócios, como o private banking e a gestão de ativos.
O banco decidiu ainda aumentar a taxa de distribuição dos lucros de 50% para 60%. A atividade continuará a beneficiar do aumento das taxas de juro. Comprar.
Check Point
O grupo israelita de cibersegurança registou lucros por ação de 6,13 dólares em 2021, um aumento de 4% e em linha com as nossas estimativas.
A boa surpresa vem da subida de 11% dos contratos (+14% no último trimestre). As novas ofertas lançadas nos últimos meses parecem cativar os clientes, incluindo a Infinity, uma plataforma unificada de gestão de segurança para todas as soluções do grupo (terminais fixos e móveis, redes, nuvem, centros de dados, e-mail, etc.) e que solidifica o seu ecossistema.
Como sinal da confiança, a administração planeia investir fortemente nas suas equipas em 2022, reforçando em mais 25% os vendedores. Uma aposta que se fará sentir nos resultados de 2022. Espera-se uma variação do volume de negócios de 2% a 10% e dos lucros por ação de -2% e +7%.
Num setor de cibersegurança ainda muito fragmentado, onde todos procuram impor o seu próprio ecossistema, a captura de quota de mercado parece-nos ser a estratégia certa para revitalizar de forma sustentável os resultados do grupo. Mantemos a nossa previsão de lucros por ação de 6,65 dólares em 2022 e 7,4 dólares em 2023.
A Check Point publicou resultados em linha com as nossas expectativas mas com elementos positivos, incluindo +14% de contratos e o recrutamento de mais vendedores.
Financeiramente sólido, o grupo tem meios para alcançar as suas ambições e a ação possui um risco relativamente baixo dado que grande parte das receitas são recorrentes. Comprar.
GlaxoSmithKline
As vendas de 2021 superaram as expectativas graças aos tratamento para a covid e o bom crescimento da atividade de medicamentos com prescrição (+10%).
Porém, os lucros por ação dececionaram um pouco. No primeiro trimestre de 2022, a GSK beneficiará de um pagamento da Gilead respeitante ao Biktarvi e na sequência de uma decisão judicial.
O grupo ainda planeia separar a atividade de medicamentos não sujeitos a receita médica até meados de 2022, depois de recusar as propostas da Unilever. Manter.
H&M
O grupo sueco fechou bem o quarto trimestre, com as vendas a crescerem 11% e os lucros mais do que duplicarem face ao mesmo período de 2020. Este último foi, no entanto, um ano anómalo, devido ao efeito da pandemia.
Com os resultados do último trimestre, a H&M regressa aos níveis de 2019, mas com menos lojas físicas – só neste último trimestre fechou 91 em todo o mundo, mais de 30 na China. Está agora a planear o desenvolvimento do comércio eletrónico, mas também a abertura de várias novas lojas físicas em diferentes países.
Registou-se um ligeiro decréscimo nas vendas no mercado mais importante, a Alemanha. Por seu turno, as vendas nos EUA (+31%), Reino Unido (+33%) e França (+20%) tiveram um desempenho muito bom.
O grupo decidiu distribuir um dividendo de 6,5 coroas suecas. As perspetivas permanecem interessantes. Comprar.
IBM
A gigante americana voltou a crescer em 2021, após vários anos difíceis. Em termos comparativos, as receitas aumentaram 3,9% e os lucros por ação 16% para 6,41 dólares, impulsionados pela aceleração da digitalização das empresas.
O spin-off e a colocação em bolsa da subsidiária deficitária, Kyndryl, que inclui os serviços de infraestruturas de TI, e finalizada em outubro, aliviaram a IBM de um lastro para os próximos anos.
Agora reorientada para atividades mais rentáveis como o software e a consultoria a empresas, está mais bem preparada para enfrentar os poderosos concorrentes na cloud, a Amazon e a Microsoft.
Nesta área, a IBM destaca-se por se especializar na nuvem híbrida com soluções que facilitam a transferência de aplicações e dados entre os centros de dados externos e internos das empresas.
Uma estratégia que ainda não deu provas. Entretanto, a IBM mantém o objetivo de aumentar o volume de negócios em cerca de 5% em 2022 e nos dois anos seguintes.
A margem operacional também deverá aumentar graças a soluções cada vez mais comercializadas em modelo de subscrição. Estimamos lucros por ação de 7,3 dólares em 2022 e de 7,9 em 2023.
Aliviada da Kyndryl, a IBM parece finalmente estar de volta ao caminho do crescimento. Mas dada a intensidade da concorrência e as deceções do passado é prematuro qualquer excesso de otimismo. Manter.
Teva
As vendas caíram mais acentuadamente do que o esperado (-6% excluindo os efeitos cambiais). Foram afetadas pela pandemia e também por desinvestimentos.
Os lucros por ação (0,38 dólares) também foram dececionantes devido aos custos com litígio mas, pelo menos, voltaram a terreno positivo.
A Teva espera um nível de desempenho semelhante em 2022, impulsionado pelos tratamentos Ajovy e Austedo, os seus dois motores de crescimento. Esperávamos um pouco mais. Manter.
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