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Em destaque: Alphabet, Amazon.com, Exxon, Generali, Novartis, Roche, UBS
Há um ano - 8 de fevereiro de 2022Alphabet
No quarto trimestre de 2021, as receitas da Alphabet, empresa-mãe da Google, subiram 32% para 75,3 mil milhões de dólares, um crescimento total anual de 41% face a 2020 e 59% face a 2019.
Os lucros por ação aumentaram 93% para 114 dólares (59 USD em 2020 e 50 em 2019). É evidente que a pandemia e os hábitos digitais adotados há quase dois anos beneficiaram a Alphabet.
O teletrabalho e o comércio eletrónico permitiram que o seu motor de busca e a plataforma de vídeo Youtube atraíssem mais marcas preocupadas em alcançar os consumidores.
As perspetivas continuam suportadas pela rentabilização do Youtube e pelos serviços de computação em nuvem mas o ritmo de crescimento irá abrandar, após o desempenho excecional de 2021.
Além disso, os investimentos em inteligência artificial e blockchain vão atingir a margem operacional (30,6% em 2021 e 22,6% em 2020). Por último, a Alphabet irá fazer, em julho, uma divisão das suas ações (1 para 20) com a cotação a ajustar para cerca de 150 dólares (cotação atual em torno de 3000 USD).
Os resultados voltaram a superar as expectativas. Mesmo que o seu domínio perturbe as autoridades, a Alphabet continuará a controlar o mercado da publicidade online.
Apesar da valorização em bolsa, as ações estão a negociar 25 vezes os lucros esperados em 2022, o que não é excessivo. Manter.
Amazon.com
Como era expectável, houve um menor crescimento das vendas. Em 2020, a receita tinha aumentado 38%, impulsionada pelos confinamentos e os investimentos das empresas na cloud.
2021 foi marcado pelo regresso dos clientes às lojas, problemas nas cadeia de produção e aumento dos custos (mão-de-obra, transporte, etc.). A receita no quarto trimestre de 2021 aumentou apenas 9% (44% no 1.º, 27% no 2.º, 15% no 3.º).
E esperamos apenas +3 a +8% neste primeiro trimestre. No e-commerce, excluindo a América do Norte, continuam as pressões sobre as margens e as receitas recuaram mesmo 0,5%, devido a efeitos cambiais.
O resultado foi um prejuízo desta atividade pelo segundo trimestre consecutivo. Porém, a rentabilidade global foi melhor do que o esperado. Os lucros trimestrais da Amazon foram de 27,75 dólares por ação. Excluindo as mais-valias com a IPO da Rivian foram de 8 dólares, o dobro das expectativas.
Um resultado que se deve ao grande dinamismo da AWS (área da cloud). Esta atividade, que mantém um enorme potencial, representou apenas 13% das vendas (+37% em 2021), mas é muito rentável e geraram 74% do lucro operacional de 2021.
No primeiro semestre, o comércio eletrónico continuará a sofrer com o aumento dos custos apesar do aumento de preços anunciado nos EUA para a subscrição Prime.
Mas os resultados da AWS e as atividades publicitárias são tranquilizadores. Os lucros podem aproximar-se dos 100 dólares por ação em 2024. Manter.
Exxon
A petrolífera superou as nossas expectativas no quarto trimestre. E ao longo de 2021, o cash flow foi de 48 mil milhões de dólares, o mais alto desde 2012, graças ao aumento dos preços dos hidrocarbonetos e à racionalização de custos.
Um desempenho que permite reduzir a dívida, distribuir dividendos e investir. Revemos em alta as nossas estimativas para 2022 e 2023 com base nos preços do petróleo e no aumento da produção do grupo. Manter.
Generali
Surpreendentemente, o grupo Caltagirone decidiu acabar com o pacto assinado com outros parceiros "rebeldes" que pretendem mudar a liderança da Generali. No papel, parece enfraquecer a ação da contestação à atual liderança, mas na realidade poderá reforçá-la.
A Consob, de facto, numa das mais recentes declarações, refutou as teses do grupo Caltagirone. O sentimento era que, continuando os acionistas "rebeldes" a angariar ações poderia ser imposto o lançamento de uma oferta pública à Generali.
De facto, a atual administração da Generali reportou a questão à Ivass e à Consob. Saindo a Caltagirone do "pacto", outro parceiro forte pode ficar com as mãos livres para angariar ações e tentar ganhar o jogo das próximas eleições. No entanto, a cotação pouco reagiu.
Enquanto se aguardam os resultados anuais e o desfecho da novela pode manter.
Novartis
A receita aumentou 4% em 20211 (excluindo efeitos cambiais), um pouco melhor do que o esperado. Os medicamentos sujeitos a receita médica mostraram-se dinâmicos (+6%), apesar da pandemia ainda estar presente.
Como se esperava, os lucros por ação beneficiaram do ganho da venda da participação na Roche. Ganho que será entregue aos acionistas sob a forma de compra de ações próprias.
A atividade de genéricos Sandoz continua em dificuldades e a revisão estratégica deverá levar à sua alienação. Alegadamente, alguns fundos fizeram propostas de compra. Uma decisão será tomada até ao final do ano. Comprar.
Roche
Apesar das boas vendas (+9% excluindo os efeitos cambiais) em 2021, graças à forte procura de testes e tratamentos contra a covid, a rentabilidade da farmacêutica dececionou.
Em 2022, o crescimento deverá manter-se fraco. A esperada diminuição da procura de produtos relacionados com a covid terá mais impacto do que a menor pressão dos biossimilares e o aumento dos medicamentos lançados recentemente.
Esperamos que a rentabilidade recupere algum terreno e as perspetivas a longo prazo continuam favoráveis. Comprar.
UBS
A cotação reagiu bem ao aumento das metas de rentabilidade e aos bons resultados do quarto trimestre de 2021. O dividendo de 0,5 dólares também ficou acima das expectativas.
O grupo reitera as suas ambições de crescimento nos Estados Unidos na gestão da riqueza. Comprar.
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