Os acionistas da Tesla receberam boas notícias após um verão muito difícil. O Model 3, o seu primeiro veículo para o público, foi considerado o mais seguro pela agência americana de segurança rodoviária.
Ao vender 83 500 veículos no terceiro trimestre, mais do dobro do segundo, a Tesla atingiu duas marcas simbólicas: a liderança no segmento de veículos 100% elétricos e a duplicação das vendas face aos concorrentes diretos, Mercedes e BMW, no segmento de veículos premium do mercado americano. Contudo, ainda há muitas incertezas no horizonte.
Desde 2009, o grupo só teve lucros trimestrais duas vezes. Apesar de o líder ter prometido que o grupo deixaria de “queimar” dinheiro no segundo semestre deste ano, há dúvidas sobre a capacidade para ser rentável, sustentadamente. Para financiar os projetos arrojados (lançamento do Modelo Y, construção de novas fábricas) a Tesla terá que melhorar a sua delicada situação financeira através de um aumento de capital.
A operação de financimento será ainda mais inevitável face aos outros desafios que o grupo tem pela frente, principalmente na China, onde a Tesla é vítima do aumento das tarifas. Há também o desafio da concorrência que enfrentará nos próximos anos, com a chegada dos fabricantes alemães, cuja reputação em termos de qualidade é inquestionável.
Cotação à data de análise: 263,91 dólares