Os resultados do primeiro semestre não saíram ainda do vermelho, com perdas de 0,09 euros por ação. Sobretudo devido às perdas que registou em relação ao contrato de manutenção de autoestradas com o município de Birmingham (0,3 euros por ação), que devem continuar a penalizar os resultados no resto de 2018. Menores margens, tanto na divisão de serviços como na construção, também não ajudam.
Em contrapartida, variações cambiais favoráveis (as receitas em Espanha representam menos de 25% do total) e eliminação de contratos não rentáveis vão contribuir para, pouco a pouco, impulsionar a rentabilidade do grupo.
Os resultados da Ferrovial apoiam -se principalmente nas suas duas coqueluches: a autoestrada canadiana 407ETR e a sua participação no aeroporto londrino de Heathrow. A longo prazo, a estratégia do grupo passa por potenciar o crescimento desta divisão: novas concessões nos Estados Unidos e a ampliação de Heathrow. A entrada em operação antes do previsto da autoestrada americana NTE35 vai ajudá-la a atingir este objetivo.
A longo prazo, o sólido crescimento nos aeroportos e autoestradas parece-nos motivo suficiente para manter esta ação correta.
Cotação à data de análise: 18,66 euros