No primeiro trimestre de 2025, o rendimento disponível das famílias portuguesas aumentou 1,3% em comparação com os três meses anteriores. Este crescimento deve-se, principalmente, ao aumento dos salários (1,7%) e da produção de bens e serviços (1,4 por cento).
Apesar de terem mais rendimento disponível, as famílias preferiram gastar mais do que poupar: a despesa com o consumo subiu 1,5 por cento. Como resultado, a taxa de poupança, ou seja, a parte do rendimento que não foi gasta, caiu ligeiramente para 12,3%, face aos 12,5% do trimestre anterior.
A capacidade das famílias para se financiarem, ou seja, poupar e investir sem recorrer a empréstimos, ficou em 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), um pouco abaixo do valor anterior.
Quando ajustado pela inflação e dividido por pessoa, o rendimento real das famílias cresceu 0,5% neste trimestre, o que representa uma desaceleração face ao crescimento de 2% observado no final de 2024.
Na zona euro, Portugal tem uma taxa de poupança inferior à média europeia (15,4 por cento). Ainda assim, subiu consideravelmente. Antes da pandemia rondava 7 por cento.
Taxa de poupança das famílias, em percentagem do rendimento disponível (%) | ||
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Portugal | Zona Euro | |
2021.I | 13.8% | 20.6% |
2021.II | 12.0% | 19.0% |
2021.III | 11.8% | 15.30% |
2021.IV | 10.9% | 14.40% |
2022.I | 8.9% | 14.40% |
2022.II | 8.1% | 12.9% |
2022.III | 7.5% | 13.5% |
2022.IV | 7.3% | 13.5% |
2023.I | 6.5% | 13.9% |
2023.II | 7.2% | 14.0% |
2023.III | 8.1% | 14.3% |
2023.IV | 8.3% | 14.9% |
2024.I | 9.7% | 15.3% |
2024.II | 10.6% | 15.6% |
2024.III | 11.3% | 15.3% |
2024.IV | 12.5% | 15.2% |
2025.I | 12.3% | 15.4% |
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