O reembolso do IRS e o subsídio de férias são um balão de oxigénio muito apreciado e aguardado nesta altura do ano, mas, se não tem despesas em atraso, nem dívidas no cartão de crédito, resista à tentação de os gastar ou deixá-los na conta à ordem. Aplique esse dinheiro de forma a gerar rendimento, com escolhas inteligentes.
Caso contrário, este dinheiro extra poderá desaparecer rapidamente, como comprova o Observatório de Desafios Sociais, que concluiu que cerca de 35% dos portugueses fizeram, em 2023, compras por impulso, sem pensar nas consequências, o que revela bem as armadilhas do consumo. Não contribua para estas estatísticas e ponha o dinheiro a trabalhar para si!
Criar uma poupança para fazer face a imprevistos e ter uma poupança de longo prazo, que sirva de complemento à pensão de reforma, são duas formas de poupanças indispensáveis, para manter com boa saúde as suas finanças pessoais.
Caso já tenha estes dois objetivos encaminhados, pode reforçar os produtos destinados a esses fins ou canalizar o restante para fundos de investimento.
Aproveite as nossas parcerias, com condições vantajosas para os subscritores, ao aplicar em alguns dos produtos que iremos recomendar de seguida, nomeadamente do Banco BAI Europa, Lusitania Vida, Optimize e Banco Invest.
Poupança sem risco: fundo de emergência
Para a criação de um fundo de emergência, é essencial aplicar em produtos de capital garantido de que possa dispor sem entraves, a qualquer momento. Os Certificados de Aforro e os depósitos a prazo são os mais indicados.
A remuneração líquida da quase totalidade da oferta dos bancos não supera, contudo, a inflação prevista (2,3 por cento). Por isso, é importante escolher as melhores taxas do mercado.
Entre as Escolhas Acertadas estão os depósitos a 6 e 12 meses do Banco BAI Europa, com o qual estabelecemos um protocolo para os subscritores. O montante mínimo é de 2500 euros, e as taxas podem chegar aos 3% brutos (2,2% líquidos).
Tenha o cuidado de não aplicar em depósitos que não permitem a mobilização antecipada, pois em caso de necessidade não poderá resgatar o capital antes de findo o prazo.
Os Certificados de Aforro também estão em rota descendente desde abril e rendem agora 2,216 por cento. Ainda assim, têm vantagens que não descuramos: o mínimo de subscrição é baixo (100 euros); capitalizam juros a cada três meses; podem ser resgatados após os primeiros três meses; beneficiam da garantia do Estado; têm um prazo máximo de 15 anos, o que permite construir uma poupança de longo prazo, com entregas regulares ou esporádicas a partir de 10 euros; e, por último, têm a vantagem, face a outros produtos de capital garantido, de atribuírem um prémio de permanência, que varia entre 0,25% e 1,75 por cento.
A taxa-base dos Certificados de Aforro é calculada no antepenúltimo dia de cada mês e com base nas últimas 10 observações da Euribor a três meses, pelo que acompanha a evolução das taxas de curto prazo. A remuneração não pode ser superior a 2,5%, nem inferior a zero.
Preparar a reforma o quanto antes
A Segurança Social debate-se com problemas de sustentabilidade, o que significa que a criação de um complemento à pensão de velhice deve ser uma prioridade, sobretudo para quem tem menos de 40 anos, já que os maiores cortes estão previstos a partir da década de 50.
Para complementar a reforma, dispõe de planos de poupança-reforma, Certificados de Reforma e fundos de pensões. Todos eles proporcionam benefícios fiscais, mas, devido à variedade da oferta e flexibilidade, preferimos os PPR.
Para os mais conservadores, que não querem correr riscos, ou para quem já tem 57 anos ou mais, recomendamos o Lusitania Poupança Reforma PPR. Tem o capital garantido e um rendimento mínimo (2%, em 2025), permitindo fazer entregas únicas ou regulares, com o mínimo de 20 euros mensais.
Para quem ainda está a 10 anos ou mais da reforma, é preferível um PPR sob a forma de fundo. Na prática, não é mais do que um fundo de investimento misto, com uma carteira diversificada. Não tem garantia de capital, mas o rendimento potencial é bastante superior, pois permitem investir nas bolsas de forma diversificada e com pequenos montantes.
Recomendamos três fundos PPR, com diversos níveis de risco: Optimize PPR/OICVM Moderado, mais defensivo; Alves Ribeiro PPR/ OICVM, de risco intermédio; e BPI Reforma Global Equities PPR/ OICVM, com mais ações. Nos últimos cinco anos, renderam 1,7%, 4,4% e 7,7%, respetivamente.
Aproveitar a valorização das bolsas
Concluídos os dois objetivos anteriores, se não precisa a curto prazo do dinheiro que sobrou, sugerimos a aplicação num dos três fundos da Optimize que replicam as três carteiras da DECO PROteste Investe: Optimize Selecção Defensiva, Optimize Selecção Base e Optimize Selecção Agressiva.
O que varia em cada um deles é a percentagem aplicada em ações (15%, 40% e 65%, respetivamente). Por norma, quanto maior a percentagem de ações, maior o risco, mas também o potencial de rendimento. Nos últimos cinco anos, penalizados pela pandemia, guerra na Ucrânia e subida exponencial da inflação, renderam 0%, 1,4% e 3,1%, respetivamente (até ao final de abril).
Mais recentemente, a guerra tarifária contribuiu para abanar os mercados. Por isso, recomendamos que invista por prazos mais longos, de forma a recuperar de crises que ocorram.
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