Há cada vez mais portugueses a resgatar PPR. Estes planos de poupança-reforma, destinados a servir de complemento à pensão de velhice, são, na sua essência, uma poupança de longo prazo e não para fazer face a emergências. Contudo, no atual momento financeiro, em que os empréstimos se tornaram insuportáveis, sobretudo os da habitação, muitas famílias estão a sacrificar as poupanças do futuro para (sobre)viver no presente.
Para amortizar a dívida da casa, seja habitação própria e permanente, os titulares dos PPR podem resgatar, em 2024, até 12 222 euros das suas poupanças, valor este que corresponde a 24 Indexantes do Apoio Social (IAS). Outra das exceções permite resgatar mensalmente o valor de 1 IAS, para qualquer finalidade, seja habitacional ou não. As medidas foram bem-vindas, mas não deixam de ser um penso rápido para sarar as feridas financeiras de muitos portugueses. A cicatriz que fica é a hipoteca do futuro, nomeadamente a almofada financeira para acautelar uma reforma e velhice dignas.
O podcast POD PENSAR, é um podcast de ideias para consumir da DECO PROTeste, com Aurélio Gomes e Nuno Rico, economista e especialista em produtos bancários na DECO PROTeste. Neste episódio, conversaram com António Ribeiro, economista e analista financeiro de produtos de poupança da Proteste Investe, sobre o resgaste dos PPR.
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