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O corte das taxas de juro nos EUA ficou mais distante depois da evidência da força da economia dos EUA na semana passada

Publicado em: 07 julho 2025
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O corte das taxas de juro nos EUA ficou mais distante depois da evidência da força da economia dos EUA na semana passada

A incerteza em torno das tarifas e do prazo de 9 de julho estabelecido por Trump para a assinatura de acordos comerciais mantém a Europa sob pressão.

O cenário de um corte das taxas de juro nos EUA em julho ficou mais distante depois dos números do emprego terem confirmado a força da economia norte-americana.

Os dados foram bem recebidos pelo mercado, com o S&P 500 a subir 1,7% e o Nasdaq a valorizar 1,6%, impulsionados pela força das ações tecnológicas (+2,1%). A Nvidia ganhou 1%, a Apple 6,2% e a Texas Instruments 4,3%. Os semicondutores subiram 1,2%. 

A Europa manteve-se um pouco pressionada pela incerteza em torno das tarifas e do prazo de 9 de julho estabelecido por Trump para a assinatura de acordos comerciais. O Stoxx Europe 600 recuou 0,5%, apesar da atividade transformadora e do setor dos serviços terem mostrado sinais de recuperação no velho continente.

O Dax alemão perdeu 1%, com a Bayer a cair 2,9% depois de uma petição do Supremo Tribunal dos EUA ter adiado ainda mais uma decisão sobre os litígios relacionados com o glifosato. A bolsa de Amesterdão (-1,3%) sofreu uma queda superior, já que a ASML, que pesa 35% no índice holandês, perdeu 3,4%. 

O setor automóvel global caiu 0,4%, com a Tesla (-2,6%) a manter-se pressionada pelas tensões entre o seu CEO, Elon Musk, e Donald Trump, apesar da queda das vendas no segundo trimestre ter sido menor do que o esperado. A criação de um partido político por Musk corre o risco de reforçar ainda mais a desconfiança.

Ao invés, a Renault subiu 1,1%, apesar do anúncio de prejuízos na sua participação na Nissan no primeiro semestre. A Stellantis caiu 0,7%. 

O setor de bens de luxo ganhou 0,6%, a beneficiar de algumas boas recomendações de investimento. Contudo, é um setor que pode ser penalizado pela atual onda de protecionismo. A LVMH ganhou 6,2%. 

Lisboa brilha a subir 3,4% 

A bolsa nacional liderou os ganhos entre as principais praças mundiais, na semana passada, ao valorizar 3,4%, elevando a subida acumulada em 2025 para 22%. Apenas a Novabase (-0,6%) e os CTT (-0,4%) fecharam com quedas muito ligeiras. 

De resto, os ganhos foram generalizados, com destaque para várias das principais empresas do índice PSI: Jerónimo Martins (+7,1%), a beneficiar de recomendações de investimento favoráveis, EDP Renováveis (+6%) e EDP (+3,5%), que continuam a recuperar graças à melhoria da conjuntura no setor das renováveis.

A Sonae (+5,8%), reagiu bem a uma entrevista do seu diretor financeiro, onde este realçou o desconto a que a ação negoceia em bolsa e confirmou que agora a estratégia do grupo passa por consolidar os negócios recentemente adquiridos.  

Números da semana

7777,66   

Valor de fecho do índice PSI na passada sexta-feira, que constitui um novo máximo da bolsa de Lisboa desde maio de 2011, há 14 anos. De facto, 2025 está a ser muito positivo para a praça nacional, que acumula um ganho de 22% desde o início do ano, uma das maiores valorizações a nível mundial. 

147 mil       

Número de empregos criados pela economia americana em junho, um valor acima dos 110 mil esperados pelo mercado. A taxa de desemprego também baixou ligeiramente para 4,1%, confirmando a resiliência da maior economia mundial. 

Top subidas

Euroapi +12,1%
Kion Group +10,1%
Harley-Davidson +8,1%
Jerónimo Martins +7,1%
Vallourec +6,9%
 

Top descidas

Sofina -7,9%
Gimv -6,9%
Aperam -6,1%
Schneider Electric l -3,5%
ASML -3,4% 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -0,5% 
EUA S&P 500 +1,7% 
EUA Nasdaq +1,6% 
Lisboa PSI +3,4% 
Frankfurt DAX -1,0% 
Londres FTSE 100 +0,3% 
Tóquio NIKKEI 225 -0,9% 

Variação das cotações entre 27/06/25 a 4/07/25, em moeda local.

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