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Merlin obrigada a baixar valor dos ativos
Há um ano - 15 de setembro de 2020O lucro do primeiro semestre da Merlin Properties caiu 72% para 0,15 euros por ação, devido aos gastos provocados pela crise sanitária (revisão de contratos) e à menor revalorização dos seus ativos. A Merlin reagiu rapidamente, reduzindo o valor da renda que cobra aos lojistas nos seus espaços comerciais (35% da receita total). Uma medida positiva, pois favoreceu a sobrevivência dos negócios já instalados, alongando o prazo médio do contrato, e evitando o incumprimento dos seus clientes (atingiu apenas 3%).
Impacto futuro
As dúvidas sobre o futuro, deixadas pela pandemia e o boom do consumo online, atrapalham as perspetivas do grupo. Para o seu negócio de escritório (51% da receita) também esperamos uma atitude pró-ativa face ao aumento do teletrabalho. O objetivo, nesta fase, é manter um nível aceitável de receitas recorrentes para cobrir as despesas e reduzir o volume da dívida (13,5 euros por ação).
No entanto, as maiores dúvidas encontram-se na valorização dos seus ativos face à nova conjuntura. Os últimos dados contabilísticos apontam para um valor de cerca de 15,7 euros por ação (o dobro da cotação atual), ainda superior aos do final de 2019 (15,3 euros). O ajuste em baixa do valor da carteira, será inevitável. Apesar da cotação atual já refletir a desvalorização dos ativos, limite-se a manter.
SIGI nacional
Quanto à primeira SIGI nacional, a Olimpo Real Estate Portugal, é de referir a recente aquisição de 5 supermercados (4 Continente e 1 Pingo Doce), num investimento total de 37 milhões de euros numa operação de sale and leaseback.
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