Os ETF são conhecidos por copiar o desempenho de índices, copiando dessa forma, a evolução do respetivo mercado.
Na esmagadora maioria dos fundos, o processo é idêntico embora o resultado final seja variável e dependente das melhores/piores decisões de investimento da gestora.
Mas no, final, o rendimento de um fundo de ações norte-americanas está diretamente correlacionado com a evolução de um índice como o S&P 500.
É neste tipo de fundos/ETF que assentam as recomendações da Proteste Investe. Como não há regra sem exceção.
Existem alguns fundos que visam produzir rendimentos sem uma relação direta com o mercado.
São os denominados fundos alternativos, que alguns investidores usam para complementar as carteiras ou como fuga em momentos maus para as bolsas.
Vários fundos alternativos
Short (“curtos”)
A evolução do valor do fundo/ETF é inversa à do índice subjacente. Estes produtos permitem especular em momentos de queda dos mercados, mas naturalmente perdem valor quando estes sobem.
Alguns fundos short poder ser simultaneamente alavancados e, por isso, incluídos na subcategoria seguinte.
Alavancados (leveraged)
O objetivo do produto é multiplicar as variações do mercado (2x, 3x). Na prática é como se o investidor beneficiasse de ter mais dinheiro do que aquele que efetivamente aplicou.
Como será de esperar, os ganhos saem multiplicados…tal como as perdas, quando a “aposta” não corre bem.
É, em certa medida, como recorrer a empréstimos para investir: fique totalmente afastado de produtos alavancados!
Ações Long/Short
Este tipo de fundos dá um peso extra (long) aos seus títulos preferidos (sobretudo, ações) e vende a descoberto (short) ativos em que a gestora está mais pessimista.
No global, o fundo tende a ter uma exposição superior a 100%. Se as escolhas correrem bem, o fundo dará um rendimento superior ao do mercado.
Porém, se as apostas forem fracas, até pode desvalorizar quando a bolsa sobe.
Macro
A política destes fundos consiste em tirar partido de tendências de médio/longo prazo nos mercados cambiais e de taxas de juro ou, numa perspetiva mais imediata, aproveitando os efeitos de determinados acontecimentos (events) a nível macroeconómico.
Market neutral
O objetivo desta subcategoria é gerar (pequenos) ganhos, independentemente do comportamento geral dos mercados, ou seja, serem “neutrais” face aos mercados.
Tal como na categoria long/short, combinam exposições curtas/longas para obter valorizações e controlar a volatilidade, mas alargam essa estratégia além das ações, por exemplo, às obrigações.
O fundo poderá captar apenas uma parte da subida dos mercados, mas se as cotações caírem, o produto visa, pelo menos, minimizar as perdas.
Divisas
Centram a estratégia na negociação de moedas e, mais recentemente alguns incidem em futuros da Bitcoin.
Obrigações
Apostam em títulos de dívidas com características menos comuns, gerem a curva de rendimentos (yield curve) e recorrem a produtos derivados.
Outras estratégias
Estes fundos incluem outras abordagens alternativas. Por um lado, podem combinar duas ou mais das estratégias anteriores, mantendo o objetivo central de gerar rendimento, independentemente da conjuntura (positiva ou negativa) que se vive nos mercados.
Por outro, podem incidir ainda noutros ativos mais específicos como o private equity (empresas não cotadas).
Conselho
Embora algumas estratégias possam ser teoricamente interessantes, não recomendamos o investimento em fundos alternativos.
A longo prazo, uma aposta diversificada em fundos “tradicionais” de ações e de obrigações trará melhores resultados para a sua carteira, como comprovam os rendimentos nos últimos cinco anos.
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