A maior economia da Europa entrou em recessão. Depois de ter caído 0,5% no último trimestre de 2022, voltou a recuar, desta vez 0,3%, no primeiro trimestre de 2023, a definição clássica de recessão.
Por um lado, o menor poder de compra das famílias levou o consumo a cair 1,2%. Ao mesmo tempo, o Estado está a reduzir gradualmente os auxílios, o que se traduziu numa queda de 4,9% na despesa pública.
E, se por agora, as exportações e o investimento evitam números do PIB mais negativos, com o abrandamento da economia global, os próximos trimestres serão mais desafiantes.
Apesar deste cenário pouco risonho, a bolsa alemã valoriza 13,4% em 2023, em sintonia de alta com a generalidade dos mercados da zona euro que têm estado em bom plano desde o início do ano.
É uma reação expectável depois do pior cenário da crise energética não se ter concretizado, mas algo prematura face aos problemas acrescidos que traz à indústria europeia a médio/longo prazo.
Com base nesta perspetiva consideramos que, atualmente, os fundos de ações da zona euro não estão entre as opções mais atrativas.
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