EUA: Reserva Federal prepara novo corte das taxas diretoras
A Reserva Federal prepara-se para reduzir novamente as taxas diretoras na reunião no final do mês. Há mais de duas semanas que os EUA estão em shutdown.
A paralisação do Governo começa a afetar progressivamente os funcionários públicos, muitos dos quais deixaram de receber salário. Alguns serviços encerraram temporariamente, como é o caso do Bureau of Labor Statistics, responsável pela divulgação dos dados do mercado de trabalho. Ainda assim, a Fed manifestou preocupação com o abrandamento na criação de emprego e mostrou-se favorável a uma nova descida das taxas diretoras.
A descida do custo do financiamento constitui uma notícia positiva para a economia norte-americana, que deverá manter um ritmo de crescimento sólido. Cerca de 70% da atividade provém do consumo privado, frequentemente financiado por crédito.
Conjugado com a reforma fiscal de Trump, deverá impulsionar as vendas e beneficiar as empresas norte-americanas, refletindo-se positivamente nos mercados acionistas.
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China: deflação poderá terminar até ao final do ano
Em setembro, a taxa de inflação homólogo manteve-se negativa. A China continua a enfrentar uma procura interna anémica: o consumo das famílias é fraco e a incerteza sobre as trocas comerciais leva as empresas a adiar os investimentos.
Em conjunto, estes fatores explicam as pressões deflacionistas. Contudo, as medidas de Pequim para travar a sobrecapacidade em certos setores começam a produzir efeitos. Em setembro, a inflação subjacente aumentou 1%, o ritmo mais elevado desde fevereiro de 2024.
Assim, com o aumento gradual dos preços dos bens alimentares, a China pode sair da deflação até ao final do ano. Os investidores aguardam com expectativa uma nova vaga de estímulos destinados a relançar a procura interna.
Por agora, Pequim opta por esperar, preferindo aguardar maior clareza nas negociações comerciais com Washington antes de anunciar novas iniciativas. O mesmo se aplica ao banco central, que dispõe de margem para reduzir as taxas diretoras.
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Índia: inflação em mínimos e estímulos fiscais
A inflação desceu para o nível mais baixo desde 2017, situando-se em apenas 1,54% em termos homólogos em setembro. Este valor coloca a inflação abaixo do objetivo definido pelo Banco Central da Índia 4%±2%. Portanto, é altamente provável uma nova redução das taxas diretoras, sobretudo porque se prevê que a inflação permaneça reduzida.
Nova Deli anunciou uma descida acentuada do IVA e os bens de primeira necessidade ficarão isentos. Estas medidas deverão estimular o consumo mas, simultaneamente, conter a inflação nos próximos trimestres. Um estímulo oportuno, numa fase em que a economia indiana enfrenta desafios significativos no comércio com os Estados Unidos.
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