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ETF na Europa: o que muda para os investidores a partir de setembro

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A Euronext ETF Europe vai surgir em setembro para quem investe em ETF

Publicado em: 20 agosto 2025
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A Euronext ETF Europe vai surgir em setembro para quem investe em ETF

A Bolsa Euronext vai agregar Paris, Amesterdão e Milão no mercado de ETF, prometendo mais liquidez, eficiência e menores custos. 

A operação é vantajosa para os investidores em ETF?

Sim, pelo menos em teoria. A centralização dos mercados deverá aumentar a liquidez, reduzir o spread e facilitar o acesso a uma maior variedade de ETF.

O que é a Euronext ETF Europe? 

A partir de setembro, quem investe em ETF terá uma novidade chamada Euronext ETF Europe. Para compreender do que se trata, basta pensar em como funciona hoje o mercado. É habitual o mesmo ETF ser negociado na bolsa de Paris, Amesterdão e Milão, mas em três "bolsas" separadas, cada uma com os seus compradores e vendedores.

A Euronext decidiu reunir as transações destes três grandes mercados num único e vasto reservatório de liquidez. Para os investidores europeus, esta alteração deverá traduzir-se, pelo menos em teoria, em vantagens concretas.

Principais vantagens para investidores em ETF

Num mercado mais vasto será mais rápido comprar ou vender as unidades dos ETF. Existirão mais investidores prontos a negociar ao preço pretendido, o que melhora a fluidez das operações. 

Outro benefício relevante é que a maior concorrência deverá conduzir a uma redução do chamado "spread". É a pequena diferença entre o preço a que se pode comprar um ETF e o preço a que se pode vender. 

Mesmo tratando-se de alguns cêntimos, este custo implícito, repetido em cada transação, tem impacto na rentabilidade final. Um mercado mais eficiente tende a reduzir este custo oculto.

Perspetivas futuras do mercado europeu de ETF 

A iniciativa pretende tornar todo o ecossistema dos ETF mais simples e transparente, facilitando o acesso a uma gama mais ampla de produtos de forma mais direta e uniforme. 

Em termos práticos, o investidor deixará de atuar apenas num mercado para passar a integrar uma grande praça financeira europeia, com a promessa de negociações mais eficientes e menos dispendiosas. 

O processo será implementado por fases, mas é importante caminhar na direção de um grande mercado europeu. Só com a integração dos mercados de capitais é que Europa pode concorrer com os Estados Unidos. 

Mesmo com esta agregação, a nível da União Europeia, a importante bolsa de Frankfurt (Xetra) fica de fora. 

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