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Acordo comercial EUA-Europa: é bom para os mercados?

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A decisão da União Europeia em aceitar as tarifas de Trump enfraquece as perspetivas económicas europeias

Publicado em: 29 julho 2025
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A decisão da União Europeia em aceitar as tarifas de Trump enfraquece as perspetivas económicas europeias

Tarifas de 15% afastam a incerteza, mas penalizam o potencial dos ativos europeus. 

A União Europeia evitou uma escalada na guerra comercial ao aceitar tarifas de 15% sobre as exportações para os Estados Unidos. A decisão enfraquece as perspetivas económicas da Europa?

Sim, os direitos aduaneiros penalizarão as exportações e a atividade económica europeia a médio prazo. Depois da trégua entre os Estados Unidos e a China, a fixação das tarifas com o Japão, Indonésia e o Vietname, foi a vez da União Europeia chegar a acordo com Trump. 

A Comissão Europeia pretendia a abolição de todas as tarifas, mas aceitou uma taxa de 15% sobre os produtos europeus que entram nos Estados Unidos. As exportações americanas continuarão a entrar na União Europeia sem tributação adicional. 

Certas mercadorias europeias escaparão às tarifas nomeadamente aviões e as respetivas peças sobresselentes. Por seu turno, o aço e o alumínio continuarão a ser taxados a 50%. Mas há a possibilidade de haver quotas com tarifas mais baixas. 

A União Europeia comprometeu-se ainda a investir 600 mil milhões de dólares nos EUA e a comprar gás e petróleo americanos no valor de 750 mil milhões de dólares.

Europa cede às exigências de Trump para evitar tarifas de 30% 

O acordo celebrado entre a União Europeia e os Estados Unidos representa uma vitória para Donald Trump. 

Dividida entre os defensores de uma linha dura e os que queriam a todo o custo um acordo para preservar as exportações, a União Europeia não estava em posição de força para negociar com os Estados Unidos. 

Por isso que aceitou tarifas de 15%, um nível superior aos 10% obtidos pelo Reino Unido, mas semelhante aos aceites pelo Japão. Assim, evita as taxas de 30% que Trump ameaçou impor a partir de 1 de agosto. 

Tal como nos outros acordos negociados entre os Estados Unidos e os respetivos parceiros comerciais, os verdadeiros problemas estão nos pormenores. É necessário que o texto esteja completamente redigido para compreender o seu alcance. E não é certo que o acordo enterre definitivamente o machado da guerra comercial.

Investidores reagem positivamente ao acordo 

Inquestionável é que o acordo evita uma escalada na guerra comercial com consequências incertas para a União Europeia e os investidores acolheram com alívio a notícia. 

Apesar disso, as tarifas de 15% não são favoráveis às exportações e à atividade económica europeia a médio prazo. Um facto que enfraquece as perspetivas de crescimento europeias. 

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