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Bybit regressa à Índia: O que significa para investidores e o mercado global de cripto?

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A Bybit regressa ao mercado indiano

Publicado em: 10 setembro 2025
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A Bybit regressa ao mercado indiano

Com mais de 100 milhões de investidores correntes, Índia volta a receber a Bybit em pleno. 

O regresso da Bybit à Índia representa uma oportunidade segura para investidores de criptomoedas? 

Sim, mas com cautela. A Bybit voltou ao mercado indiano após regularizar sua situação junto às autoridades e implementar protocolos robustos de segurança e KYC, oferecendo acesso a uma das maiores exchanges globais. Contudo, os investidores devem acompanhar o ambiente regulatório indiano e considerar a volatilidade inerente ao mercado cripto ao tomar decisões de investimento.

Contexto da multa de 1 milhão de dólares e regularização da Bybit 

A Bybit, uma das maiores plataformas de negociação de criptomoedas do mundo, regressou em força ao mercado indiano após meses de suspensão. A retoma surge depois da bolsa sediada no Dubai ter pago uma multa de 1 milhão de dólares e regularizado a sua situação junto das autoridades financeiras do país. 

Em janeiro de 2025, a Unidade de Inteligência Financeira da Índia (FIU-IND) determinou que a Bybit operava sem o devido registo no âmbito das regras de combate ao branqueamento de capitais. Na altura, a corretora foi forçada a suspender quase todos os seus serviços no país, mantendo apenas levantamentos ativos para os utilizadores indianos. 

Para regressar ao mercado, a Bybit registou-se na FIU-IND como entidade de reporte e iniciou um processo de coordenação com os reguladores. A empresa reforçou os protocolos de segurança e os mecanismos de Know Your Customer (KYC), cumprindo as exigências de conformidade. 

Com estas alterações, a plataforma anunciou que os clientes indianos já têm acesso total à aplicação móvel em iOS e Android. A versão completa do site será reativada nos próximos dias.

Perspetiva da empresa 

Ben Zhou, CEO da Bybit, declarou que “a Índia está entre os mercados de ativos digitais mais promissores do mundo” e sublinhou que o regresso não é apenas uma reposição das operações, mas “um novo capítulo” para a corretora no país.

Índia: O gigante dos criptoativos que nenhuma exchange pode ignorar 

A Índia, com mais de 1,4 mil milhões de habitantes, destaca-se pela sua base tecnológica massiva. Estudos por parte da Invezz indicam que 21 % dos indianos são proprietários de criptomoedas, enquanto outras estimativas, da Índia Today, apontam para mais de 115 milhões de investidores ativos entre os 18 e os 60 anos, correspondendo a aproximadamente 15 % da população dessa faixa etária.

Esse número, que pode rondas os 15 a 21% da população indiana, ilustram o enorme potencial de mercado que a Índia representa para exchanges como a Bybit.

Relevância global 

De acordo com o relatório Exchange Review da CoinDesk Data, a Bybit ocupa um lugar de destaque entre as maiores plataformas de criptoativos do mundo em termos de volume de negociação, a par da Binance e da OKX. O regresso ao mercado indiano reforça a sua posição num dos maiores e mais dinâmicos ecossistemas de criptoativos à escala global. 

De acordo com a Forbes Índia, num estudo de abril de 2025, a Binance tem mais de 38% do market share, enquanto a Bybit, ainda se encontra nos mesmos patamares da Coinbase, Upbit, e OKX, entre os 80 mil milhões e os 90 mil milhões.

Oportunidades e lições do retorno da Bybit para investidores e reguladores 

O regresso da Bybit à Índia demonstra não só a crescente importância da regulação no setor cripto, como também a capacidade das plataformas internacionais se adaptarem a mercados complexos e altamente regulados.

Para os investidores indianos, trata-se de recuperar o acesso a uma das maiores bolsas globais, mas também de um lembrete claro da necessidade de cumprir normas de conformidade que moldam o futuro do setor. 

Ao mesmo tempo, este exemplo abre espaço para refletir sobre a oportunidade de a União Europeia poder criar uma exchange própria, regulada e integrada.

Uma iniciativa desta natureza permitiria reforçar a soberania financeira, captar investimento, gerar inovação tecnológica e aumentar a confiança dos investidores na Europa.

Além disso, consolidaria uma alternativa regional credível às grandes plataformas internacionais, assegurando maior alinhamento com as realidades económicas locais e com princípios de segurança e transparência que já caracterizam estes blocos. 

 

 

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