Jerónimo Martins: bom desempenho operacional

A elevada concorrência está entre os vários fatores que exercem pressão sobre a Jerónimo Martins
A elevada concorrência está entre os vários fatores que exercem pressão sobre a Jerónimo Martins
Os lucros da Jerónimo Martins (JM) subiram 6,6% no primeiro semestre, para 0,43 euros por ação, globalmente em linha com o esperado. Pela positiva, realce para o bom desempenho operacional do grupo, com o volume de negócios (+6,7%), que beneficiou da abertura de novas lojas, e o EBITDA (+10,3%) a crescerem um pouco acima do que esperávamos, mesmo numa conjuntura de incerteza global e de pouco dinamismo do consumo.
Além disso, a JM aumentou a margem EBITDA semestral (6,6% vs. 6,4%) e registou uma aceleração do crescimento do primeiro para o segundo trimestre. Pelo contrário, a deterioração do resultado financeiro (-21%) e o aumento do imposto sobre o rendimento penalizaram os lucros.
A elevada concorrência, a conjuntura de baixa inflação alimentar e o aumento dos custos com pessoal continuarão a ser um fator de pressão sobre as margens. Mas o grupo mantém inalterado o seu plano de expansão, tendo aberto 196 novas lojas no semestre, incluindo 6 na Eslováquia, mercado onde se estreou este ano e onde quer alcançar 50 lojas até ao final de 2026.
Mantemos as previsões de lucros por ação de 1,04 euros em 2025 e de 1,19 em 2026.
A meta de atingir 50 mil ME em vendas até 2030 é ambiciosa e positiva para o futuro do grupo. Embora possa implicar aquisições, a JM será sempre prudente a escolher os alvos. Apesar da recuperação em bolsa, compre esta ação de qualidade.