A REN teve lucros trimestrais de 0,02 euros por ação, mais 114,6% face a igual período de 2022 e um pouco acima das previsões.
Em causa está o aumento das taxas de remuneração dos ativos, que beneficiou da subida das taxas de juro da dívida soberana, à qual estão indexadas, e da melhoria do contributo da atividade internacional, que, todavia, só representa 4,3% do EBITDA do grupo.
No total, o volume de negócios cresceu 12,5% e o lucro operacional aumentou 22,5%.
Este bom desempenho operacional mais do que compensou a deterioração de 35,6% dos resultados financeiros, devido à subida (ligeira) da dívida líquida e do seu custo médio (2,4% vs. 1,6%).
A REN mantém o seu perfil de baixo risco. Além da estabilidade do negócio, mesmo neste cenário de subida das taxas de juro, a subida dos juros pagos é compensada por maiores receitas.
Em contrapartida, apesar da aposta na transição energética, o nível de crescimento da atividade em Portugal nunca será elevado.
A nível externo, a estratégia de expansão é muito prudente e a presença no Chile, embora tenha um impacto positivo, tem um peso diminuto.
Para 2023, subimos a previsão de lucros por ação de 0,17 para 0,18 euros mas mantemos a de 2024 nos 0,17 euros.
Conselho
Os lucros da REN foram bons e a subida das taxas de juro até ajudou o grupo. A REN é uma ação estável e um bom título para ter em carteira. Compre.