Diageo
A venda, anunciada há algumas semanas, de 19 marcas de bebidas alcoólicas ao grupo norte-americano Sazarac, por 550 milhões de dólares, faz parte da reorientação estratégica da Diageo para as suas marcas mais sofisticadas.
Uma reorganização do portfólio de produtos que pode ser explicada pela evolução do hábito de consumo de álcool nos países desenvolvidos. Os consumidores ingerem menos produtos destilados do que no passado, mas escolhem marcas mais caras. É por isso que os grandes grupos de bebidas alcoólicas têm vindo a apostar em produtos de um segmento mais elevado, em detrimento de marcas de menor prestígio.
Para a Diageo esta operação terá um efeito marginal de redução no lucro para o próximo ano. Como estas marcas vendidas tiveram uma redução até 10% nas vendas, a transação irá, acima de tudo, permitir fortalecer o perfil de crescimento dos seus negócios nos Estados Unidos, que continua a ser o mercado mais importante e mais lucrativo para o grupo.
Tendo em conta a solidez do balanço, os resultados obtidos com esta venda serão devolvidos aos acionistas através de um aumento do programa de compra de ações próprias. Mantemos as nossas estimativas de lucro por ação em 123 pence para 2018/19 e em 130 pence para 2019/20. Mantenha o título.
Royal D. Shell
A Royal Dutch concluiu a venda de ativos na Nova Zelândia por 578 milhões de dólares. A operação faz parte da estratégia do grupo, que inclui um programa de desinvestimento de 30 mil milhões entre 2016 e 2018 que entretanto já terminou.
No final de setembro, a Royal Dutch vendeu ativos no valor de 28 mil milhões de dólares. O grupo ainda pretende vender 5 mil milhões de dólares de ativos nos próximos 2 anos.
Entretanto, a petrolífera também confirmou o seu volume de investimentos anual equivalente a um valor entre 25 e 30 mil milhões de dólares. Tal como as restantes empresas do setor, o preço desta ação continua muito dependente do preço do barril de petróleo. Mantenha.
Tesla
A cotação caiu após a Tesla ter anunciado um volume de entregas para o Modelo 3 abaixo do esperado e preços de venda mais baixos para toda a sua gama. Uma decisão que poderia ser explicada se o volume de encomendas estivesse dentro das estimativas do grupo ou se os compradores estivessem menos propensos a suportar o preço elevado das viaturas da marca.
Estes desenvolvimentos recentes confirmam os nossos receios sobre os objetivos de rentabilidade estabelecidos para a Tesla. Venda.