A Pharol reduziu os prejuízos acumulados até setembro mas as dúvidas sobre a viabilidade da Oi permanecem. Dado o elevado risco, não entre em especulações e mantenha-se afastado do título.
A Pharol sofreu prejuízos de 0,06 euros por ação até setembro, uma melhoria de 59% face a igual período de 2015. Na base está a redução de 64% dos custos operacionais e uma melhoria da contribuição da Oi para os resultados. Apesar do agravamento dos prejuízos da operadora brasileira, detida em 27,2% pela Pharol, esta beneficiou da recuperação da cotação bolsista da Oi. A penalizar os resultados esteve a queda do valor expectável de recuperação da dívida de 897 milhões de euros (ME) da Rio Forte, que agora vale apenas 85,7 ME.
Nesta altura, o mais importante para a Pharol é o sucesso do processo de recuperação judicial da Oi, que permitiria evitar a falência da empresa. Nos últimos dias surgiu uma alternativa à proposta inicial, proveniente de um grupo de credores e de um bilionário egípcio que visa injetar dinheiro na companhia assumindo também o controlo. Porém, o entendimento entre credores e acionistas não está fácil, até porque qualquer solução implicará sempre uma forte diluição da participação dos atuais acionistas, entre eles a Pharol.
A volatilidade bolsista da Oi e dos seus resultados tornam muito imprevisíveis os resultados da Pharol mas mantemos a previsão de uma perda de 0,11 euros por ação em 2016. Para 2017, prevemos agora perdas de 0,16 euros (0,24 antes).