Uma das palavras mais pronunciadas nos dias que correm é inflação, e sempre com uma conotação negativa. Traduzida por uma subida generalizada de preços dos produtos que compra no dia-a-dia, reflete-se no montante da fatura final a pagar. Com 1000 euros compra hoje menos produtos do que há um ano.
Os bens de consumo não são, contudo, os únicos afetados. A inflação funciona como uma espécie de monstro para as poupanças, sobretudo as de curto e médio prazo, com elevada liquidez e baixo risco. É o caso dos depósitos a prazo.
Agravada pelo conflito na Ucrânia, que fez disparar os custos energéticos afetando outros setores da economia dependentes do fornecimento de energia, a taxa de inflação tem atingido valores não vistos há décadas.
Portugal não é exemplo único. O fenómeno alastrou-se por uma boa parte do mundo influenciada, mais direta e indiretamente, por esta guerra. Para 2022, o Banco de Portugal estima uma taxa de inflação de 5,9%, muito próxima da previsão do FMI (6 por cento). Isto significa que, no final do próximo ano, necessitará de 1060 euros para comprar o que antes custava 1000. Não é uma diferença pequena se tiver em conta que a maior parte das aplicações financeiras rendem muito menos. A taxa média de um depósito de 5000 euros a um ano é, atualmente, de apenas 0,07% líquida, cerca de 86 vezes menos do que a inflação prevista. Em termos reais, o dinheiro colocado numa conta bancária a prazo perderá valor.
Taxa de inflação em Portugal e na Zona Euro (previsão Banco de Portugal)
A única forma de contornar esta perda de poder de compra é procurar aplicações com rendimento acima da taxa de inflação. Só dessa forma garante, no longo prazo, uma valorização das suas aplicações. Uma tarefa nada fácil, sobretudo para quem não gosta de correr riscos, considerando as aplicações existentes no mercado.
Não é motivo, porém, para ficar de braços cruzados. Procure os melhores produtos de forma a atenuar o seu impacto nas poupanças. Muitas vezes, a inércia em mudar de banco ou de produtos, aliada à falta de literacia financeira, em nada contribui para tomar as melhores decisões de investimento.
Para ajudar, selecionámos duas soluções. Se é certo que nenhuma delas supera a inflação, têm a vantagem de minimizar o seu efeito.
Produtos de capital garantido sem esperança
Apesar do aumento do custo de vida, as famílias portuguesas continuam a reforçar os depósitos bancários. A cada mês que passa, há um novo valor recorde. Em junho, 180,4 mil milhões de euros estavam confiados aos bancos. Uma boa parte deste montante, quase metade, está em contas à ordem, o que não surpreende.
A remuneração dos depósitos a prazo não difere muito da taxa das contas à ordem. A diferença de rendimento entre uma conta à ordem e uma a prazo esbateu-se de forma significativa, nos últimos anos. Por regra, são as instituições de maior dimensão a oferecerem as remunerações mais baixas, muito próximas de zero ou mesmo zero, em muitos prazos. Mas mesmo as melhores taxas para depósitos até um ano ficam muito aquém da inflação prevista para este ano. Por norma, destinam-se a novos clientes ou novos montantes. Têm ainda a desvantagem de aceitarem valores baixos, limitados. Desta forma, os depósitos “brinde” não representam um custo elevado para estes bancos.
O cenário pode vir a mudar com a subida das taxas de juro, mas não espere aumentos significativos. Mantenha, por isso, apenas o dinheiro necessário para o fundo de emergência, num depósito a seis ou 12 meses.
A alternativa, com melhores perspetivas de rendimento nos próximos anos, são os Certificados de Aforro. A subida da Euribor impulsiona a taxa base dos Certificados. Ainda assim, não se prevê, a curto e médio prazo, que o rendimento supere a inflação. Mas a longo prazo, o caso muda de figura.
Tratando-se de uma aplicação até 10 anos, poderá, eventualmente, superar a inflação, dado que, a partir de 2023, a previsão da subida dos preços dos bens é mais baixa. Mesmo desconhecendo a evolução das taxas e da inflação para períodos tão grandes, não há dúvidas de que os Certificados de Aforro são o produto de capital garantido com maior potencial de rendimento nos próximos anos.
Fundos de investimento, o remédio mais eficaz
A forma de conseguir um rendimento superior à inflação é investir em produtos com risco mais elevado. Se as ações são um universo que exige uma atenção e um acompanhamento regular, os fundos de investimento são mais diversificados. Por consequência, menos arriscados do que o investimento direto em ações (ou obrigações). Além disso, não exigem um mínimo de investimento elevado. O capital não está garantido, é certo, mas, no longo prazo, o potencial de rendimento é superior ao dos produtos de capital garantido.
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Seja proativo e não deixe a inflação “comer” as suas poupanças.
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