Desde que o anterior Governo cortou a remuneração, em junho do ano passado, que os Certificados de Aforro deixaram de interessar aos portugueses. Os montantes aplicados estão em queda há cinco meses consecutivos, como pode ver no gráfico. Segundo o Boletim mensal do IGCP, entidade que gere a dívida pública, no final de março estavam aplicados 33 996 milhões de euros em Certificados de Aforro, um pouco menos do que em fevereiro (34 016 milhões de euros).
Também o montante aplicado em Certificados do Tesouro continua a encolher e há mais de 2 anos. Em março, foram resgatados 106 milhões de euros e apenas subscritos 3 milhões de euros. Neste produto, menos popular e mais recente que os Certificados de Aforro, estão aplicados 10 587 milhões de euros.
Os produtos de aforro emitidos pelo Estado podem ter um papel importante na orientação para a poupança de curto e médio prazo por parte dos particulares e até ser um concorrente aos depósitos bancários e pressionar o seu rendimento, dando assim mais alternativas ao consumidor. Por isso, defendemos que que o Governo deve tornar estes produtos mais interessantes e alterar o seu rendimento de acordo com a liquidez de cada um deles.
Montante aplicado em Certificados de Aforro em queda há 5 meses
Fonte: Boletim Mensal do IGCP.
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