Optar por um crédito à habitação com um prazo alargado – por exemplo, 35 anos – pode parecer apelativo. Uma prestação mensal mais baixa significa um encargo financeiro mais leve no dia a dia. No entanto, esta opção nem sempre é a mais vantajosa a longo prazo.
O impacto do prazo no custo do crédito
O prazo do seu empréstimo tem uma grande influência no custo total do crédito. Quanto mais longa for a duração:
- maior será o total de juros a pagar, uma vez que o capital é amortizado mais lentamente;
- mais cara será o prémio do seguro de vida, associado ao empréstimo.
Um crédito com um prazo longo compromete-o também por um período prolongado, muitas vezes para além da idade da reforma, ou numa altura em que a casa possa necessitar de renovações importantes — o que pode complicar o seu orçamento futuro.
Por que escolher um prazo mais curto?
Sempre que possível, recomendamos escolher o menor prazo possível que permita uma prestação confortável para o seu orçamento familiar. Em caso de dificuldade, durante o empréstimo, pode ser necessário renegociar o contrato e prolongar o prazo, para diminuir a prestação e conseguir cumprir com o pagamento regular do crédito... Assim, garante maior flexibilidade sem se comprometer de início com um crédito mais caro.
Existem limites ao prazo?
Por norma no final do contrato os mutuários não podem ter mais de 70 ou 75 anos, dependendo do banco, assim se contratar um crédito à habitação com 50 anos, no máximo o banco vai permitir que contrate o empréstimo por 25 anos.
Mas existem outras regras, mutuários com idade igual ou inferior a 30 anos podem contratar um crédito à habitação por 40 anos. Quem tenha entre 30 e 35 anos pode optar por uma maturidade máxima de 37 anos. Já quem tem mais de 35 anos pode no máximo contratar um crédito por 35 anos.
Encontrar o equilíbrio certo
É, no entanto, essencial adequar a duração do empréstimo à sua capacidade financeira. A prestação mensal deve ser comportável, para evitar dificuldades logo nos primeiros meses. Um prazo demasiado curto pode ser arriscado, mas uma duração excessivamente longa pode pesar desnecessariamente no custo global do crédito.
Nota importante: não tem de escolher uma duração "padrão" de 20, 25 ou 30 anos. É possível optar por prazos intermédios, como 23 anos em vez de 25. Este pequeno ajuste pode representar uma poupança de vários milhares de euros ao longo do empréstimo.
A reter
- Optar por uma duração mais curta reduz o custo total do crédito.
- É, em regra, possível prolongar o prazo durante o contrato, se necessitar de reduzir a prestação que paga mensalmente.
- Adapte sempre a duração do seu empréstimo à sua realidade financeira.
- Considere prazos intermédios (ex.: 23 anos) para otimizar o seu plano de reembolso.