A inflação subiu na zona euro, de 2,4% em abril para 2,6% em maio. Em Portugal terá passado de 2,3% para 3,9%! Ainda na zona euro, o indicador que exclui bens com preços particularmente voláteis também aumentou: 2,7% em abril para 2,9% em maio. A inflação ainda é suportada pelos preços dos serviços, que aceleraram para 4,1% em maio (3,7% em abril) e pode resultar do aumento dos salários num setor em que o custo da mão-de-obra pesa mais nos preços de venda finais.
Esta taxa inflação, que está ainda acima da meta de 2%, não impedirá o Banco Central Europeu de baixar a taxa de juro diretora já esta semana. No entanto, a recente evolução dos preços torna a política monetária mais incerta no segundo semestre. Com a taxa de desemprego ainda no mínimo histórico de 6,4%, há mais probabilidade de aumentos salariais que suportem em demasia o consumo. Estes são dois elementos que mantêm pressões inflacionistas e podem forçar o BCE a adiar os cortes de taxas previstos para os próximos meses.