A taxa base da série atual dos Certificados de Aforro (série F) mantém-se em 2,5% bruta, desde o lançamento, em junho deste ano. E se, nessa altura, a taxa dos Certificados estava em linha com os melhores depósitos, rapidamente foi ficando para trás. Desde junho, os bancos foram subindo as taxas de juros dos depósitos e atualmente há cerca de uma centena de depósitos a prazo a oferecer rendimento igual ou superior ao dos Certificados de Aforro, atingindo já o máximo de 4,25%.
No começo eram só alguns bancos que ofereciam as melhores taxas, nomeadamente os bancos de capital estrangeiro, bancos pequenos e a banca online; mas agora, também os grandes bancos têm as suas “supercontas” com taxas até 3,65% brutas. Assim, os Certificados de Aforro, que perderam interesse quando foi criada a nova série, estão agora ainda menos interessantes, devido ao aumento das taxas dos depósitos.
Supondo que a taxa base de 2,5% bruta se mantém no futuro e considerando os prémios de permanência, para o prazo de cinco anos proporcionam um rendimento anual líquido de 2%; e 2,4% se aplicar por 15 anos, o prazo máximo. Atualmente há depósitos no mercado a render até 3,1% líquida a 12 meses. Ou seja, os depósitos estão novamente a atrair poupanças e, pelo contrário, nos Certificados de Aforro o montante aplicado é cada vez menos.
Relembramos que quem tem as séries antigas dos Certificados de Aforro, deve manter, já que as taxas são bastante superiores. Por exemplo, na série C a taxa supera os 6% brutos - o único produto de capital garantido a bater a inflação; na série D está em 4,5% e na série E (que vigorou até junho) a taxa base varia entre 3,5 e 4,5%, consoante a data de subscrição.
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