O plano poupança reforma (PPR) é um produto português criado em 1989, cujo objetivo é criar um complemento à pensão de reforma. A vantagem fiscal é uma das razões principais que leva à subscrição de planos poupança reforma. Todos os PPR, sejam fundos ou seguros, dão direito à mesma vantagem fiscal. Mas há aspetos aos quais deve estar atento antes de subscrever um PPR. Muitos desses produtos apresentam rendimentos dececionantes, custos elevados... ou ambos.
Quais são os melhores produtos?
Há mais de 1000 PPR. Todos os anos, as performances dos fundos de poupança-pensão e dos contratos de seguro são publicadas. Algumas instituições destacam-se regularmente pela qualidade da sua gestão, a transparência dos custos e a coerência das performances no tempo.
Têm todos o mesmo nível de risco?
Não. Efetivamente há PPR muito diferentes quanto a garantias e risco. Por exemplo, os seguros geralmente têm o capital garantido e até um rendimento mínimo (mas, têm surgido cada vez mais seguros PPR sem garantia de capital).
Já os fundos PPR geralmente não garantem o capital (mas há exceções) e podem ter diferente risco, consoante a percentagem aplicada em ações. Alguns fundos PPR chegam mesmo a ter toda a carteira aplicada em ações, com um risco maior, mas o potencial de rendimento a longo prazo também é superior.
Para conhecer os melhores produtos, convidamo-lo a ler, regularmente, os artigos que publicamos sobre este assunto.
Que custos vigiar?
Os custos podem impactar fortemente o rendimento líquido da sua poupança-pensão.
Os principais custos a examinar:
- Custos de subscrição: geralmente até 3% (mas há produtos que cobram um pouco mais). A evitar tanto quanto possível.
- Custos de gestão anuais: na prática, é a remuneração da entidade gestora; geralmente entre 1% e 2%. Os produtos com maior investimento em ações, costumam ter uma comissão mais elevada. Quanto mais baixos, melhor!
- Custos de saída: resgatar os PPR fora das condições legais não é recomendado pois, além da penalização fiscal, terá ainda de suportar este custo, mais elevado nos seguros.
Onde encontrar estes produtos?
Pode subscrever um plano poupança reforma (PPR):
- junto do seu banco;
- através de uma sociedade gestora de fundos;
- ou diretamente junto de uma seguradora.
Antes de subscrever, peça sempre a informação detalhada dos custos, e do rendimento passado do produto e compare várias ofertas. Mas atenção: o rendimento passado não é garantia de rendimento no futuro. Contudo, pode ser um bom indicador da qualidade de gestão.
Consulte os comparadores disponíveis no mercado (por exemplo, na ASF), bem como o ganhemaisnoppr.pt e os estudos comparativos da DECO PROteste Investe.
A reter
- Nem todos os planos poupança reforma (PPR) são interessantes: compare o rendimento passado, o nível de risco e as comissões.
- Atenção à comissão de subscrição, que é cobrada por cada entrega que faz e pode reduzir bastante o rendimento, bem como a comissão de gestão anual.
- Peça sempre a informação detalhada dos custos e compare várias ofertas.