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Jorge
Duarte
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Membro da Ordem dos Economistas.
Comprar ETF em que Bolsa?
Há 6 meses - 6 de setembro de 2022
Jorge
Duarte
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Membro da Ordem dos Economistas.
Apesar de os ETF poderem estar listados em várias bolsas, as opções do seu banco ou corretora são, por norma, mais limitadas.
Por exemplo, o iShares Core MSCI World UCITS ETF (código ISIN: IE00B4L5Y983) define como a sua “principal” bolsa Londres, mas está também disponível na Euronext Amesterdão, Milão e Frankfurt.
No comparador de fundos da Proteste Investe apresentamos apenas uma das bolsas, sendo aquela que será mais provável encontrar disponível nos intermediários financeiros nacionais.
E, de facto, o cenário mais provável é que a sua corretora ofereça apenas um mercado. Contudo, se tiver mais opções, qual deve escolher?
Escolher a moeda
Perante várias opções verifique a moeda em que o ETF está cotado. Por exemplo, o iShares Core MSCI World UCITS ETF transaciona em euros em Amesterdão, mas em Londres pode ser negociado em dólares ou em pence (libras).
Como o mais provável é que apenas tenha uma conta em euros, prefira transacionar na moeda europeia também. Assim, evitará as conversões cambiais na compra e na venda, as quais implicam sempre custos devido aos spreads cambiais. Isto é, neste caso, a diferença entre os preços a que o intermediário financeiro compra e vende a moeda X pela Y.
Tal como nos fundos de investimento, a moeda de denominação ou negociação não afeta a valorização do portefólio do ETF. Por exemplo, um ETF de ações nipónicas dependerá do valor dessas ações em que investe e do iene japonês. Para o investidor nacional, não será relevante se o ETF for comprado em ienes, dólares ou euros.
Escolher a bolsa
Há outra vertente incontornável e que pesa na opção quando compra e vende ETF: as comissões de corretagem (compra, venda, dividendos) praticadas pelo seu banco ou corretora. Cada bolsa terá provavelmente um preçário diferente. Assim, faz sentido optar por negociar o ETF onde os custos forem mais reduzidos, se estiver disponível em mais do que uma bolsa.
Ao contrário das ações, nos ETF, a liquidez (facilidade com que pode comprar e vender) depende menos da bolsa de valores. É habitual que as respetivas gestoras contratem market makers para garantir que o ETF pode ser negociado a qualquer momento. No entanto, confirme que existem ordens de compra e venda com um spread razoável antes de avançar (spread é a diferença entre o preço das ordens a que o ETF é comprado e vendido).
Moeda versus comissões
E se a bolsa mais “barata” não for a mesma onde o ETF tem a cotação em euros?
Em regra, mesmo noutra moeda, os custos cambiais serão baixos e a opção pela bolsa “mais barata” será preferível, mas pode haver exceções. Como vimos, no último estudo à oferta, os custos cambiais eram pouco transparentes em alguns intermediários.
Se quer começar a negociar ETF (ou ações) consulte a nossa análise “As melhores corretoras para investir na Bolsa”. É uma decisão importante para a rentabilidade dos seus investimentos.
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