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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Bolsas: análise da semana
Há 5 dias - 30 de janeiro de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
O combustível necessário para manter as bolsas em alta veio dos dados económicos divulgados na semana passada. O crescimento do PIB americano no quarto trimestre superou as expectativas, sugerindo que o país não entrará em recessão, apesar dos efeitos da política monetária mais restritiva da Reserva Federal ainda não terem chegado totalmente à economia. De qualquer forma, os investidores estão a colocar mais ativos de risco nas suas carteiras. O S&P 500 subiu 2,5% e o índice tecnológico Nasdaq superou o mercado global, ao ganhar 4,3%. A evolução também foi positiva para o setor tecnológico europeu (+3,3%), enquanto o Stoxx Europe 600 teve uma subida mais modesta (+0,7%) devido a alguns resultados empresariais dececionantes.
Os primeiros resultados anunciados pelas empresas foram mistos e não trouxeram grande visibilidade. Houve empresas que desiludiram, ou nos resultados que apresentaram ou nas previsões que fizeram, como foram os casos da SAP (-2,4%), da Atlas Copco (-6,5%) ou da Diageo (-7%). Porém, houve algumas boas surpresas, como a ASML (+5%), a Tesla (+33,3%), que liderou as subidas na semana, ou a STMicroelectronics (+14,8%).
O setor de semicondutores valorizou 5,6%, apesar dos resultados dececionantes da Intel (-3,6%). Mas, os bons números da STM estimularam o setor no início da semana, com a Melexis (+12,9%) a aproveitar a tendência.
As empresas de defesa subiram 1,2%, após a divulgação de bons resultados pela americana Lockheed Martin (+3,7%). A ajuda europeia à Ucrânia está a beneficiar o setor.
O ramo automóvel valorizou 10,6%, com a Renault (+4,7%) e a Mercedes (+4,7%) a aproveitarem bem a boleia da Tesla.
Os ganhos das ações mais cíclicas ocorreram em detrimento das mais defensivas, como as farmacêuticas (-1,2%), as utilities (-0,2%) e as empresas europeias de alimentação (-2,3%).
Lisboa com subida modesta
A bolsa nacional foi uma das que teve pior desempenho na semana passada, apesar de ter ganho 0,4%. Por cá, a construtora Mota-Engil (+20,6%) liderou as subidas, a beneficiar das alterações na gestão da empresa, da sua boa carteira de encomendas e uma recomendação de investimento positiva, dada por um banco.
Os CTT ganharam 5,4% após o anúncio de uma subida de 6,58% do preço do correio em março.
Enquanto se aguardam os resultados anuais, a EDP Renováveis (+0,3%) anunciou um crescimento de 10% da produção de eletricidade em 2022. No caso da EDP (-1,5%), o aumento da produção foi de 3% mas o grupo anunciou uma imparidade de 130 milhões de euros nas contas de 2022 relativa a uma central no Brasil.
Nota final para a Sonae (-2,2%), que divulgou uma subida de 11,5% das vendas da Sonae MC.
Números da semana
160 milhões de euros
A Galp vai registar nos resultados de 2022 uma imparidade de 100 ME devido a problemas na rede de retalho, e uma provisão de 60 ME relacionada com o fecho da refinaria de Matosinhos. Pela positiva, a produção de petróleo do grupo subiu 4% no quarto trimestre e a margem de refinação recuperou para os 13,5 dólares por barril.
50,2
A zona euro escapará à recessão no início de 2023? É o que parece indicar o índice PMI (inquérito mensal a empresários) de dezembro, que atingiu os 50,2. Um valor acima de 50 indica uma expansão económica.
Top subidas
Tesla +33,3%Mota-Engil +20,6%
Melexis +12,9%
Swatch Group +9,4%
Meta Platforms +8,9%
Top descidas
Diageo -7,0%Atlas Copco A -6,5%
IBM -4,8%
Merck -4,1%
Reckitt Benckiser -3,8%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,7% |
EUA S&P 500 | +2,5% |
EUA Nasdaq | +4,3% |
Lisboa PSI | +0,4% |
Frankfurt DAX | +0,8% |
Londres FTSE 100 | -0,1% |
Tóquio NIKKEI 225 | +3,1% |
Variação das cotações entre 20/01/22 a 27/01/23, em moeda local.
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