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de segunda a sexta-feira das 9h às 18h
Jorge
Duarte
Economista
Em colaboração
com:
Euroconsumers
Jorge
Duarte
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Euroconsumers
Passaram pouco mais de cem anos sobre a conjuntura em que os candeeiros eram a principal razão para se extrair petróleo da terra. Os primeiros grandes contratos de concessão foram assinados nas primeiras décadas do século XX. É, no entanto, cedo demais para prenunciar a morte do petróleo. Após sofrer um colapso e níveis mínimos em abril, a cotação do barril recuperou e estabilizou, desde o início do verão, em torno dos 40 dólares americanos.
Embora a procura permaneça fraca comparativamente aos níveis anteriores à pandemia, o crude encontrou um equilíbrio, graças às quebras da produção. Além de a extração de petróleo de xisto, nos Estados Unidos, ser geralmente deficitária a este patamar de preços, houve um forte declínio da produção de outras fontes de alto custo, como as areias petrolíferas canadianas ou os offshores de águas profundas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia também conseguiram adaptar a oferta mais em consonância com a procura. A recuperação do preço do petróleo não ganhou, contudo, tração. Dificilmente o barril permanecerá, de forma sustentável, acima dos 50 dólares em 2021. A acontecer, a produção norte-americana regressaria ao mercado, travando ou fazendo diminuir os preços. Por isso, no curto prazo, o cash flow, isto é, o dinheiro gerado pela atividade para investir e pagar dividendos e/ou dívidas, dos principais grupos petrolíferos continuará sob pressão.
Muitas empresas reduziram os dividendos em 2020, a fim de utilizar o dinheiro para conter a dívida ou continuar a investir. A anglo-holandesa Royal Dutch Shell, a italiana ENI, a britânica BP e a norueguesa Equinor, por exemplo, anunciaram o corte dos dividendos anuais. Um feito bastante embaraçoso para um setor que fez da remuneração dos acionistas o seu trunfo. O regresso aos níveis pré-crise não parece ser possível tão cedo.
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