Nos primeiros 9 meses do ano, as receitas da Corticeira Amorim cresceram 3,2% por comparação com o mesmo período de 2018, menos do que esperávamos. O crescimento da unidade Rolhas (+5,3%) não foi mau mas aquém do esperado, dado ter inclusivamente beneficiado do efeito cambial.
Dado o seu peso no volume de negócios da Corticeira Amorim (72,6% do total), qualquer desvio se faz sentir. Na unidade de Revestimentos, o segundo mais importante, o atraso no lançamento da nova linha de produtos WISE levou a um crescimento muito ténue das vendas no trimestre (+0,2%) e frustrou as perspetivas de recuperação (-1,4% no conjunto dos 9 meses).
A margem EBITDA caiu em linha com o esperado, para 16,1% (-2,7 pontos percentuais) devido à subida do preço da cortiça (custo do material) e ao fraco desempenho das unidades de Revestimentos e Isolamentos.
Espera-se uma recuperação na rentabilidade a partir do segundo semestre de 2020, quando entrar na produção a cortiça de 2019, mais barata. Estimamos lucros por ação de 0,54 euros em 2019 (antes 0,60), e para 2020 0,58 euros (antes, 0,64).
A Corticeira Amorim anunciou o pagamento de um dividendo intercalar: 0,0612 euros (líquidos de imposto). A ação entra em ex-dividendo a 17 de dezembro.
Cotação à data da análise: 11,14 euros