A queda acentuada nos lucros do banco nos primeiros 9 meses do ano não nos surpreendeu. Esta performance deveu-se principalmente a perdas provenientes da sua subsidiária britânica (0,09 euros por ação) registada neste trimestre provocada por uma revisão do fundo de comércio vinculado a esta subsidiária, mas que já tínhamos em conta nas nossas estimativas.
Adicionalmente verificaram-se outros encargos extraordinários registados no primeiro semestre do ano, provocados por despesas de reestruturação em Espanha (0,04 euros por ação). Estes resultados espelham uma estagnação do negócio em Espanha e o mau momento da subsidiária britânica.
Do lado positivo da balança nas contas, o Brasil aparece como referência da sua diversificação internacional: o gigante sul-americano contribui com 29% dos lucros do grupo e os seus negócios lá crescem a um ritmo de 19%.
Para já, mantemos as nossas estimativas de lucro e dividendo para o total do ano de 2019 em 0,38 euros e 0,20 euros por ação, respetivamente, já que, no último trimestre do ano o Santander aguarda a contabilização de ganhos de capital de 0,04 euros por ação gerados pela sua parceria com o Crédito Agrícola no negócio de custódia de títulos. Se aceita o risco acima da média, pode manter.
Cotação à data da análise: 3,61 euros