A REN, que gere a rede de transporte e armazenamento de gás e eletricidade em Portugal, teve lucros de 0,13 euros por ação nos primeiros nove meses do ano. Este valor representa uma descida de 5% face a igual período de 2018, mas saiu em linha com as previsões.
Na base desta queda (esperada) estão as menores taxas de remuneração dos ativos de eletricidade e gás, devido à redução das taxas de juro das Obrigações do Tesouro, às quais estão indexadas, e a diminuição da base de ativos regulados.
No total, o EBITDA do grupo caiu 2,7%. Pela positiva, destaque para a melhoria de 9,3% do resultado financeiro, graças à diminuição de 2,2% da dívida líquida e do seu custo médio, de 2,3 para 2,2%.
Apesar do recente reforço da sua atividade no Chile e de continuar atenta a oportunidades de crescimento no exterior, privilegiando projetos de investimento em que tenha elevado know-how e em mercados que tenham uma forte estabilidade económica e regulatória, a REN continua focada principalmente no mercado nacional, mantendo uma estratégia de crescimento conservadora.
Em contrapartida, dada a estabilidade dos resultados, a empresa distribui um dividendo generoso (rendimento líquido de 4,5%). Para 2019 e 2020, mantemos as previsões de um lucro por ação de 0,18 euros.
Cotação à data da análise: 2,73 euros