A Impresa, detentora da SIC e do jornal Expresso, entre outros ativos, anunciou um lucro semestral de 0,02 euros por ação. Uma subida de 38% face a igual período de 2018 que está em linha com as nossas previsões.
Na base deste aumento está a melhoria operacional da SIC, que lidera as audiências da televisão em Portugal, desde fevereiro deste ano, e a redução da estimativa para impostos, que mais do que compensaram a forte subida das amortizações.
A nível operacional, as receitas do grupo cresceram 3,2% no semestre, o que é um sinal bastante positivo, dada a crise que o setor atravessa. O segmento da televisão (85% das receitas) foi o grande responsável por este crescimento e pela melhoria de 12% do EBITDA do grupo.
Ao nível financeiro, apesar dos resultados terem piorado 10%, a dívida líquida manteve a trajetória descendente dos últimos anos e diminuiu mais 9,8% face ao primeiro semestre de 2018.
Apesar de haver sinais de que a reestruturação do grupo foi benéfica, o setor continua a viver dias difíceis e terá de encontrar novos modelos de crescimento para enfrentar a alteração estrutural dos hábitos de consumo das pessoas. Enquanto aguardamos pelo plano estratégico do grupo para 2020-2022, mantemos as estimativas de lucros por ação de 0,03 euros em 2019 e 2020.
Cotação à data da análise: 0,24 euros