Antes dos números do semestre, a administração da Novabase apresentou, na sua comunicação, o resultado da sua “reflexão estratégica profunda”. Muito resumidamente criou 2 segmentos operacionais: Next-Gen, empresa de serviços de tecnologias de informação, e o Value Portfolio que deverá financiar, por via de parcerias, o crescimento da primeira.
No seu plano de negócios até 2023, a Novabase pretende ter uma dependência máxima do mercado nacional de apenas 10%, duplicar o volume de negócios para 150 milhões de euros, do segmento de Next-Gen e melhorar a margem EBITDA. O caminho é longo. Atualmente, a Novabase depende em cerca de 45% do mercado nacional e o volume de negócios foi, em 2018, de quase 150 milhões de euros.
Quanto ao semestre, o resultado líquido por ação foi de 0,05 euros, tendo melhorado 16% face ao mesmo período de 2018. O volume de negócios cresceu 8%, o que, em termos absolutos, traduz-se em 75 milhões de euros.
Ao nível do EBITDA, a empresa registou uma melhoria de 52,5% cifrando-se nos 5 milhões de euros. A margem EBITDA passou dos 4,7% para os 6,7%. Relativamente ao final de 2018, o valor em caixa passou de 63 para 55 milhões de euros, onde se contabiliza o pagamento de dividendos (0,15 euros por ação) em junho referentes a 2018. Neste período a empresa também reduziu o seu volume de dívida de curto prazo.
Quanto à política de remuneração dos acionistas, a administração vai propor, para este ano, no seguimento de uma operação de redução e aumento de capital, um dividendo extraordinário de 0,5 euros por ação, para além do dividendo regular.
Quanto ao dividendo regular, a proposta em cima da mesa até 2023 é deixar de assegurar uma distribuição no mínimo de 30% dos lucros e pagar um dividendo de 1,5 euros por ação no total dos 4 anos.
Por altura da apresentação dos resultados de 2018, revimos em alta as nossas estimativas e alterámos o conselho de vender para manter. No ano, o titulo já valorizou mais de 30%. Agora, face aos objetivos estabelecidos pela Novabase para os próximos anos e aos resultados obtidos no semestre, revemos novamente em alta as estimativas para 2019 para 0,15 euros por ação e estabelecemos para 2020 o lucro por ação em 0,18 euros.
O título tem algum potencial e vamos acompanhar o título com maior atenção nos próximos meses. Mantenha.
Cotação à data da análise: 2,66 euros