Ainda na incerteza sobre o que acontecerá na Polónia relativamente ao imposto sobre o setor do retalho, o grupo surpreendeu com os resultados do período. Depois de um mau primeiro trimestre, a Jerónimo Martins recuperou caminho e teve um bom desempenho no período.
O resultado líquido por ação no segundo trimestre foi de 17 cêntimos, mais 14,2% face ao mesmo período do ano anterior, e que se traduz num valor acumulado de 109 milhões. Ao nível das vendas, todas as marcas do grupo contribuiram positivamente para o crescimento de 10,3% do volume. O crescimento like-for-like das vendas na Polónia (Biedronka) foi de 3,7%. Esta variação beneficiou da inflação alimentar no país (+4,7%) neste trimestre. Em Portugal, no Pingo Doce, as vendas like-for-like cresceram 3,3%. O EBIT foi de 257 milhões de euros.
A melhoria de 12% do resultado foi conseguida graças à melhoria da margem operacional e a um menor montante de depreciações no trimestre. Ao nível da dívida, no semestre, o grupo aumentou a maturidade de 1 ano para 1 anos e 3 meses e o volume para 677 milhões (+12%). Ainda no período semestral, nota positiva para o cash-flow gerado, 152 milhões de euros face ao valor negativo de 137 milhões no período homólogo.
Apesar dos bons resultados apresentados, mantemos a estimativa de lucro por ação em 0,69 euros para este ano e revemos ligeiramente em baixa para 0,72 euros a estimativa para 2020. Mantenha o título.
Cotação à data de análise: 14,75 euros