Impulsionado por um bom quarto trimestre, o resultado de 2018 superou um pouco as nossas estimativas. O volume de negócios aumentou 8% (excluindo alienações e aquisições) e o lucro por ação subiu 20%, em base comparável, para 8,44 euros.
A margem operacional melhorou, situando-se em 10,8%, o que torna o objetivo de 11,5% estabelecido para 2020 ainda mais credível. Na base do desempenho esteve o regresso aos lucros da subsidiária Reebok e um forte crescimento do comércio eletrónico (+36%) que já responde por 10% das vendas e, no longo prazo pode chegar a 25%.
No entanto, o crescimento na América do Norte está a marcar passo e, em 2018, foi de apenas +14,5% (contra +27,4% em 2017). Alguns modelos de calçado saem de moda e vendem menos.
Por outro lado, o grupo sofre alguns problemas de produção, que persistirão, pelo menos, durante este primeiro semestre. Quem beneficia é a grande rival Nike, que após um período mais difícil, recupera quota de mercado, incluindo na Europa e na China. Uma preocupação acrescida para alguns investidores que esperavam melhores resultados nas vendas.
Em 2019, o crescimento orgânico, excluindo alienações e aquisições, deve ser entre 5% a 8%. O nosso conselho é para vender.
Cotação à data da análise: 224,50 euros