A nova gestão, que chegou em 2017, está a virar a página do declínio anual da produção e estabelece metas como o aumento do lucro operacional de 140% entre 2017 e 2025 (+12% ao ano) acima dos 135% estimados anteriormente. A maior parte do esforço será no petróleo de xisto, no Texas, onde a produção aumentará de 550 mil barris por dia para 1 milhão, em 2025.
A Exxon aposta também na extração de petróleo em águas profundas, no Brasil e na Guiana, e no gás natural liquefeito, nos Estados Unidos e em Moçambique. Esses investimentos envolverão pesados esforços financeiros, uma vez que pretende investir 30 mil milhões de dólares em 2019 (75% do fluxo de caixa). Um valor que irá até aos 35 mil milhões, entre 2030 e 2035. Em comparação, a Exxon investiu apenas 23 e 26 mil milhões, em 2017 e 2018, respetivamente.
Dada a dimensão, estes investimentos foram recebidos com apreensão pelos investidores. A aposta poderá deixar de ser rentável se o barril de petróleo ficar permanentemente abaixo de 60 dólares. Contudo, não consideramos esse como o cenário mais provável. O principal risco é que a bacia Pérmica (Texas) possa não ser tão rica em petróleo quanto se espera.
Mesmo tendo em conta os vários riscos de execução, a cotação está demasiado deprimida. Pode comprar.
Cotação à data da análise: 80,44 dólares