Nos primeiros nove meses do ano, as vendas da Corticeira Amorim cresceram 9,8%, face ao mesmo período de 2017. Em termos comparáveis (excluindo variações de perímetro e câmbios), o crescimento foi de 4,9%. A margem EBITDA, contudo, face ao mesmo período de 2017, caiu 1,2 pontos percentuais para 18,6%, devido ao aumento do custo da matéria-prima.
Este aumento do custo da cortiça parece-nos ser neste momento o fator com mais impacto nos próximos resultados da empresa. A campanha de cortiça de 2016 permitiu a aquisição de grandes quantidades a baixo custo. Mas o custo subiu 11% na campanha de 2017 (matéria-prima a ser usada atualmente) e a campanha de 2018 resultou num aumento de preço ainda superior, de 17%.
Apesar de a empresa tentar minimizar o impacto com ganhos de eficiência operacional, é quase inevitável que as margens sejam menores em 2019 e 2020. Incorporando ainda um maior abrandamento económico nas previsões, revemos em baixa as estimativas de lucro por ação.
Para 2018, estimamos agora 0,54 euros (antes, 0,60 euros) e para 2019 estimamos 0,53 euros (antes, 0,65 euros). A Corticeira Amorim vai pagar um dividendo intercalar líquido de 6 cêntimos por ação, a partir de 19 de dezembro.
Cotação à data de análise: 9,19 euros