Coca-Cola
O resultado trimestral da Coca-Cola foi muito reconfortante. O grupo está gradualmente a colher os benefícios dos esforços dos últimos anos: reestruturação da atividade de engarrafamento, redução de custos, inovação em bebidas menos ricas em açúcar.
A nova administração pretende continuar a desenvolver uma gama mais completa de bebidas, como evidenciado pela recente aquisição da “Costa Coffee”, a segunda maior cadeia de café do mundo.
No entanto, estes desenvolvimentos podem ser um obstáculo para o crescimento dos lucros a curto e médio prazo. Nestas condições e tendo em conta o preço atual, mesmo com um dividendo bruto de 3,3%, não alteramos o nosso conselho. Mantenha.
Apesar dos repetidos escândalos sobre o uso de dados pessoais e a manipulação da opinião pública, a rede social líder mundial regista resultados trimestrais relativamente tranquilizadores.
Apesar do crescimento do volume de negócios ter abrandado ainda mais (+33% contra +42% no 2º trimestre), o Facebook registou um lucro de 1,78 dólares por ação, um resultado acima das nossas estimativas. O mergulho do título dos últimos meses está, na nossa opinião, longe do fundo. Venda.
L’Oreal
A L'Oréal reportou um crescimento orgânico do volume de negócios referente ao 3º trimestre acima das expectativas, em +7,5%. Este desempenho está em linha com a tendência de alta do setor, com os produtos de luxo em destaque (+14,8%).
Mais surpreendente: a procura chinesa continua a crescer (+25,8% para a Ásia-Pacífico), apesar das tensões nesse mercado. Mas os pontos fracos permanecem, nomeadamente, nos produtos de consumo (+2,3%) e países desenvolvidos (-0,7% para a Europa Ocidental e +2,7% para a América do Norte).
São desequilíbrios que, na nossa opinião, expõem o grupo a uma certa fragilidade em caso de desaceleração do segmento de luxo ou da Ásia. Embora a L'Oréal tenha apresentado o crescimento trimestral mais forte dos últimos 10 anos, recomendamos que os investidores permaneçam longe da ação, que consideramos muito cara. Melhorámos as estimativas mas a este nível, continuamos cautelosos. Venda.
Pfizer
Os resultados do terceiro trimestre da Pfizer foram mais fracos do que o esperado devido à concorrência dos genéricos e à pressão sobre os preços dos seus produtos mais amadurecidos. Consequência: o grupo reduz as suas estimativas de vendas (já baixas) para 2018. A economia relacionada com a reforma tributária dos EUA e um aumento de compras de ações próprias, no entanto, permite que se mantenham as suas previsões de lucros. Deixamos as nossas estimativas inalteradas. Venda.
Repsol
Os resultados do terceiro trimestre representam uma oportunidade para a Repsol voltar a aplicar uma abordagem cautelosa de investimento, em consonância com a maioria dos seus principais concorrentes.
Para 2018, a petrolífera espanhola mantém no envelope 4 mil milhões de euros. O bom nível de lucros (preços mais altos de hidrocarbonetos) também permite ao grupo reduzir novamente o volume de dívida e manter um balanço saudável.
Este cenário, dá margem de manobra para investimentos previstos em energia mais limpa. O título tem flutuado de acordo com os preços do petróleo nos últimos dias. No entanto, mantém uma margem de apreciação. Pode comprar.