A Enagas viu o seu lucro por ação cair 13%, para 1,36 euros, até ao final do terceiro trimestre. Este resultado deveu-se à integração da GNL Quintero nas suas contas. Sem esta operação o lucro por ação teria crescido 1%. Os resultados destes nove meses vieram em linha com o esperado, com um rendimento moderadamente decrescente e, na ausência de investimentos alternativos, com uma redução do volume de dívida que se situa agora nos 19,5 euros, face aos 22,1 euros, em termos homólogos, ou 21 euros no ano 2017.
Apesar da venda da subsidiária sueca, cujos ganhos de capital ainda não foram contabilizados, as subsidiárias estrangeiras já contribuem com 20% do lucro total do grupo (era 12,9% há um ano). Esta percentagem deverá crescer ainda mais com o arranque do gasoduto da Trans Adriatic Pipeline (TAP) que ligará o Mar Cáspio à Europa, previsto para 2019, e no qual a Enagas participa com 16% do capital.
A empresa está em conformidade com o esperado ao nível operacional. A diversificação internacional reduzirá a dependência de Espanha e compensará uma possível revisão em baixa das suas tarifas no futuro. A Enagas oferece um atrativo dividendo com o compromisso de aumentá-lo em 5%, em média, por ano até 2020.
Cotação à data de análise: 23,16 euros