As contas da Enagas, referentes ao primeiro semestre do ano, confirmam a tendência ascendente face ao final do exercício. Um exercício distorcido se forem tidas em conta as elevadas mais-valias obtidas no ano passado.
Assim, no final do primeiro semestre, a empresa sofreu uma queda no lucro de 18% para 0,92 euros por ação. Um resultado em linha com as estimativas: no primeiro trimestre o declínio foi de 33%, mas se fizermos a comparação sem considerar resultados extraordinários, o lucro teria recuperado 1,5%. As receitas de empresas subsidiárias no exterior continuam a crescer (+ 30%), embora essa melhoria seja prejudicada pelo aumento dos encargos financeiros.
A criação de liquidez continua a aumentar (+12,8%), o que, além de garantir um possível aumento do dividendo para este ano, permite reduzir o nível de endividamento para 19 euros por ação versus os 21 euros com o qual fechou 2017.
Adicionalmente, a Enagas continua os seus investimentos (TAP, Defa) e não descarta a possibilidade de desenvolver novos projetos de investimento, por exemplo na zona de Marrocos oriental, o que no longo prazo permitirá diluir o impacto da incerteza regulatória que se vive atualmente em Espanha.
A ação está corretamente avaliada. Mantenha.