As vendas (excluindo efeitos cambiais) permaneceram estáveis no segundo trimestre, mas diminuíram 1% no conjunto do primeiro semestre. Este resultado deve-se à pressão dos genéricos, particularmente no Enbrel (-17%, artrite reumatoide) que o grupo vende fora dos Estados Unidos e Canadá, bem como ao declínio nas vendas da vacina Prevnar (-7%). As perdas de patente, em breve, do Viagra (contra a impotência) e Lyrica (tratamento da dor Lyrica) não melhoram as perspetivas.
O fraco desempenho evidencia a falta de fatores de crescimento para compensar a erosão de vendas causada pela concorrência dos genéricos. Tratamentos como Xeljanz (+56%, artrite reumatoide), Ibrance (+67%, anti-cancerígeno) e Eliquis (+52%, anticoagulante) estão em bom plano, mas são insuficientes para sustentar o crescimento.
A Pfizer foi buscar dinheiro às suas “poupanças” para adquirir a Hospira (especialista em genéricos e biossimilares injetáveis) e a Medivation (especialista em oncologia) e, dessa forma, encontrar uma solução inicial para a falta de crescimento. Consideramos que o contributo destas compras não é suficiente para o futuro próximo. Por seu turno, a direção está confiante que o grupo tem potencial de conseguir a aprovação de 25 a 30 produtos nos próximos cinco anos.
Mantemos as previsões de lucros por ação em 1,55 dólares para 2017 e em 1,70 dólares para 2018. À cotação atual, as perspetivas da Pfizer estão a ser sobrevalorizadas pelos investidores e o título está caro: venda.