Quando começar a investir, vais deparar-se com duas grandes abordagens: o investimento passivo e o investimento ativo. Ambos têm o mesmo objetivo — fazer crescer o património — mas os caminhos são bastante diferentes.
A melhor escolha depende do perfil de cada um, do tempo que se quer dedicar ao tema, dos conhecimentos financeiros e da tolerância ao risco.
Investimento passivo: simples, acessível e eficaz
A estratégia passiva consiste em replicar a evolução de um índice de mercado, sem tentar superá-lo. O exemplo mais comum é investir regularmente num ETF (fundo cotado) que segue um índice global como o MSCI World ou o S&P 500.
É uma abordagem muito popular entre os investidores particulares, sobretudo os iniciantes, por três razões principais:
- Simplicidade: compra-se, mantém-se e deixa-se o tempo atuar.
- Baixos custos: os ETFs têm comissões reduzidas.
- Menos stress: investe-se num conjunto diversificado de ativos, com pouca necessidade de intervenção.
Ideal para quem não quer perder tempo a analisar mercados, mas ainda assim pretende beneficiar da valorização dos mercados financeiros no longo prazo.
Investimento ativo: tentar bater o mercado
A abordagem ativa, por oposição, procura obter um rendimento superior ao do mercado. Para isso, o investidor escolhe diretamente os ativos — ações, obrigações — com base nas suas próprias análises (ou nas de um profissional: fundos geridos ativamente).
Este método exige:
- Acompanhamento da atualidade económica.
- Leitura de relatórios de empresas.
- Monitorização de tendências de mercado.
- Tomada de decisões rápidas (e muitas vezes complexas).
Pode ser potencialmente mais lucrativo, mas também mais arriscado e dispendioso. Mesmo recorrendo a gestores de fundos profissionais, os resultados nem sempre justificam os custos mais elevados.
Qual estratégia escolher?
Para a maioria dos investidores particulares, o investimento passivo é a melhor base de partida:
- Simples
- Barato
- Eficaz no longo prazo
No entanto, não significa que se deva ignorar totalmente a gestão ativa. Muitos investidores escolhem uma abordagem mista:
- Base sólida e estável com ETFs passivos.
- Pequena parte ativa para apostas pessoais ou oportunidades de curto prazo.
Esta combinação permite personalizar a carteira, sem abdicar da estabilidade.
Importante: mesmo os profissionais têm dificuldade em bater consistentemente o mercado. A gestão ativa exige tempo, competência e disciplina… sem garantias de melhores resultados.
A reter
- O investimento ativo tenta superar o mercado, mas exige mais tempo, conhecimento e implica maiores riscos e custos.
- Mesmo os gestores profissionais nem sempre conseguem bater o mercado.
- Para a maioria, o investimento passivo é um excelente ponto de partida. A vertente ativa pode complementar, desde que seja usada com precaução.