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Um crédito para investir em renováveis sem preocupações

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Máquina de calcular verde, com casa de papel por cima em fundo verde
iStock

Eficiência é a palavra que leva à poupança de eletricidade. Para a casa se tornar mais eficiente, é importante melhorar o isolamento térmico (paredes e tetos) e trocar as janelas por modelos mais eficientes, mas também optar por equipamentos que aqueçam a água e climatizem o ar recorrendo a energias renováveis, ou que produzam parte da eletricidade a consumir em casa. Mas as obras em casa nem sempre ficam baratas, e os equipamentos mais eficientes – ar condicionado, bombas de calor para aquecimento de água ou ar e sistemas solares térmicos ou fotovoltaicos – também implicam um investimento considerável. Para levar os portugueses a tornar as suas casas mais eficientes e, assim, reduzirem a fatura da energia, têm sido criados programas de financiamento do Estado, como o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis.

Caso o montante para deixar a casa mais eficiente seja elevado e precise de recorrer a um crédito, saiba que há um produto específico – o crédito pessoal para energias renováveis –, com uma taxa de juro máxima inferior à do crédito pessoal sem finalidade, e com prazos mais alargados. Este produto só pode ser usado para comprar equipamentos que produzam ou utilizem energias renováveis. O tipo de equipamentos varia consoante a instituição de crédito, mas, em geral, inclui sistemas fotovoltaicos, bombas de calor, pontos de carregamento de veículos elétricos, janelas eficientes com classificação energética A+, isolamento térmico e equipamentos de ar condicionado.

Verifique se suporta o crédito

Decidida a opção para tornar a casa mais eficiente, consulte mais de um fornecedor e peça orçamentos. Só assim consegue comparar custos e propostas. No caso dos sistemas solares e das bombas de calor, há várias empresas a vender e a instalar, como fornecedores de energia. Algumas empresas incluem o custo da instalação e até permitem pagar os equipamentos em vários meses, sem juros. Mas analise as propostas, pois, no final, pode pagar mais do que se os comprar numa loja e mandar instalar. O melhor é consultar os simuladores da DECO PROteste e certificar-se de que opta pela melhor solução, ao preço mais baixo.

Tomada a decisão, o ideal é pagar a pronto. Se não for possível e quiser ponderar um crédito, convém calcular a sua taxa de esforço, para garantir que não vai afetar muito o orçamento familiar. Após obter a simulação do crédito que pretende, some todas as prestações que já paga mensalmente com a do crédito a contratar. Divida o total pelo rendimento mensal líquido e multiplique por 100. Se o resultado for superior a 35%, é melhor não avançar com o crédito. Se for inferior, significa que tem capacidade de pagar a prestação.

Escolher o crédito certo

A etapa seguinte passa por comparar taxas. Quando se comparam créditos, o habitual é olhar para a prestação mensal, por ser o valor a pagar todos os meses. Mas este não é o principal indicador a dar atenção. De facto, um crédito pode ter uma prestação mais baixa do que outro, mas, por os custos iniciais serem superiores, no final, ficar mais caro. Perante uma simulação, olhe para a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG). Esta percentagem reflete o custo total do crédito e inclui juros, comissões, impostos e outros custos associados. Outro indicador importante é o montante total imputado ao consumidor (MTIC), que inclui o valor solicitado, acrescido do custo com juros, comissões, impostos e outros encargos. Quanto mais baixos forem estes indicadores, menos pagará pelo crédito.

Para ajudar os consumidores a escolher um crédito para a compra de equipamento que use energias renováveis, em maio de 2025, a DECO PROteste contactou 35 instituições de crédito. Em todas, perguntou as condições e taxas para um empréstimo de 2500 euros a pagar em 48 meses. Apenas 13 indicaram ter um produto para o fim referido. Destas, duas ficaram de fora – Bankinter e Crédito Agrícola – por exigirem valores mínimos de financiamento superiores a 2500 euros.

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