
No primeiro Dia Nacional da Sustentabilidade, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, apresentou o ponto de situação de Portugal em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática defendeu que “é importante ter consciência de que o País avança nestes temas com sentido crítico e com uma sociedade civil forte, com presença, com capacidade”, para, nos futuros dias da sustentabilidade, esta sociedade civil “ter a noção do balanço do que o País faz, mas também manter a ambição e o compromisso”. Foi assim que Duarte Cordeiro abriu o ciclo de conferências Visões do Futuro, organizado pela DECO PROTeste, para assinalar o primeiro Dia Nacional da Sustentabilidade, a 25 de setembro.
Para o governante, nos temas da sustentabilidade, “só é possível garantir que não há reversão e que avançamos em vez de recuar, se tivermos uma sociedade civil presente e forte, com capacidade para afirmar a sua posição”. O Dia Nacional da Sustentabilidade “nasceu da sociedade civil, e estou convicto de que será essencialmente um dia da sociedade civil”, sublinhou.
Fontes renováveis dominam na produção de energia
A DECO PROTeste foi a promotora da criação do Dia Nacional da Sustentabilidade, que se comemorou pela primeira vez este ano, após ter sido oficialmente criado em 9 de junho. Celebra-se a 25 de setembro por ter sido o dia no qual, em 2015, a ONU revelou os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável a implementar, até 2030, por todos os países.
“Quando olhamos para os relatórios de sustentabilidade, sabemos que o País está bem em algumas áreas e pior noutras. Algumas das áreas mais críticas são a economia circular ou os resíduos”, assinalou o ministro. Duarte Cordeiro destacou pela positiva que o Portugal conseguiu antecipar quatro anos o objetivo estratégico de produção de 80% de eletricidade a partir de fontes renováveis, dando um passo muito importante para corresponder ao objetivo estabelecido na Lei de Bases do Clima de se atingir a neutralidade de carbono até 2045.
Portugal tem feito "tudo o que pode e consegue"
O ministro disse que “Portugal tem feito tudo o que pode, o que consegue, dentro do que é o limite das suas condições, para atingir os objetivos internacionais nos domínios das alterações climáticas, das emissões, da sustentabilidade, da economia sustentável, da energia, mobilidade, ou descarbonização da economia. “Temos colocado grande parte dos recursos financeiros de Portugal ao dispor dessa estratégia, como foi o caso da aprovação da reprogramação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). As verbas destinadas à dimensão ambiental passaram de 38% para 41%. É um volume de investimento significativo, quer direto quer indireto.”
Mobilidade "ainda é um problema"
A mobilidade é também um grande problema de Portugal. Mas, disse, o Governo “está a fazer um enorme investimento” [2015-2030], de pelo menos 4,8 mil milhões de euros, na mobilidade. É o caso do investimento nas linhas de metropolitano em Lisboa e no Porto ou no futuro autocarro em via dedicada em Braga, ou na extensão do metro Sul do Tejo. O ministro assinalou ainda o esforço feito na área das acessibilidades, de que é exemplo a gratuidade do passe para estudantes até aos 23 anos.
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