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Bicicleta: como escolher e manter

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Se vai comprar uma bicicleta, escolha o tipo e os acessórios de acordo com a utilização que vai fazer. Esta decisão é essencial para um bom desempenho. Também é importante cuidar do equipamento com regularidade, para que dure mais tempo.

Conhecer bicicletas com desconto

A compra de bicicletas está sujeita a IVA à taxa mínima, de 6 por cento. Essa taxa também se aplica a cadeiras e assentos próprios para o transporte de crianças em bicicletas, bem como outros equipamentos de retenção para o mesmo fim. Beneficiam ainda da taxa reduzida de IVA os serviços de reparação de velocípedes (bicicletas tradicionais e elétricas e trotinetes elétricas, por exemplo). Isto inclui as peças e outros materiais que integrem essa prestação de serviços, bem como a sua compra e venda.

Já se estiver em causa a simples compra e venda de acessórios ou partes desses velocípedes, faturados em separado e que depois se destinem a ser utilizados fora dos serviços de reparação, a taxa aplicável é a normal, ou seja, de 23 por cento.

Tipos de bicicletas

Pode escolher entre as todo-o-terreno, as citadinas, as dobráveis e as elétricas. Cada uma adapta-se a utilizações específicas.

Bicicletas todo-o-terreno

Também conhecidas como bicicletas BTT ou de montanha, podem ser usadas em meio urbano e em terrenos acidentados, com água ou lama. São ideais para quem procura uma bicicleta que sirva tanto para ir trabalhar, na cidade, como para os passeios mais aventureiros de fim de semana, no campo ou na montanha. São os velocípedes mais versáteis e com maior saída no mercado.

Bicicletas citadinas

Destinam-se sobretudo a deslocações na cidade. São boas para ir trabalhar, fazer compras ou passear. Apostam na estabilidade e no conforto. Oferecem uma postura mais direita ao utilizador do que a bicicleta de montanha.

Geralmente, trazem de origem a iluminação, a buzina, o descanso e o guarda-lamas, e têm espaço para uma pequena bagagem.

Bicicletas dobráveis

São práticas, confortáveis e dobram-se ao meio. São fáceis de levar, por exemplo, nos transportes públicos ou no elevador. Esta é uma boa opção se precisa ir de casa até à estação para apanhar o comboio ou se quer ir trabalhar de bicicleta mas não tem onde deixá-la (facilmente arruma-a num canto do escritório). De todas as opções, é a que permite ter a postura mais correta.

As versões elétricas são mais pesadas por causa do motor e da bateria, e mais difíceis de transportar.

Bicicletas elétricas

Equipadas com uma bateria e um motor com potência máxima inferior a 1 kW (caso contrário deixam de ser equiparadas a velocípedes e passam a ser impedidas de circular na via pública), têm ainda de ser limitadas (em termos de construção) à velocidade máxima de 25 km/hora, sem pedalar. Há bicicletas elétricas de montanha, dobráveis e citadinas.

As elétricas são boas para os trajetos com subidas ou para fugir aos engarrafamentos sem se cansar em demasia. Podem circular nas ciclovias e também se adaptam aos passeios pelo campo.

Regra geral, vêm equipadas de origem com mudanças, luzes, descanso e buzina. Por causa da bateria, são mais pesadas e menos ecológicas do que as convencionais. Mas o consumo energético é muito reduzido face aos demais veículos motorizados. Nalguns casos, o motor funciona como gerador: nas descidas ou travagens, recupera parte da energia.

Antes de optar por uma bicicleta elétrica, deve pensar se vai efetivamente usá-la nas deslocações diárias. Por ser cara, deve guardá-la num local seguro, para evitar furtos.

Tamanho certo para a bicicleta

Como a maioria das marcas disponibiliza várias medidas, para escolher uma bicicleta, precisa de calcular o tamanho mais adequado à sua estatura.

Meça o comprimento da sua perna, desde o calcanhar até à zona do gancho (corresponde à altura da virilha). Multiplique o valor obtido por 0,65, se as medidas forem em centímetros, ou por 0,21, caso estejam em polegadas. O resultado indica a dimensão que o quadro deve ter: a distância entre o apoio do pedal e o tubo onde encaixa o selim. Algumas marcas assinalam as dimensões com letras: S, para quadros com 17 polegadas, M com 19, L com 21 e XL com 23.

Os modelos não estão, por norma, “prontos a guiar”: a regulação do selim, a sensibilidade dos travões e a engrenagem precisam de ser ajustadas por um profissional. As bicicletas compradas em lojas especializadas são afinadas gratuitamente por um técnico, mas pode ser difícil fazer todos os ajustes se comprar em grandes superfícies.

É indispensável usar o capacete quando anda de bicicleta porque, em caso de queda, este equipamento reduz o risco de lesões na cabeça e possíveis danos cerebrais.

Travões: V-brake e disco hidráulico

Há dois sistemas de travagem: V-brake e de disco. Os travões V-brake eram os mais usados, mas, atualmente, a opção recai sobre os de disco, com melhor desempenho à chuva e na lama.

V-brake

A designação deve-se ao formato: o cabo exerce uma força horizontal e puxa os dois braços, com os calços na extremidade, para o interior (como se fosse uma pinça). Toda a força aplicada na manete do travão é transmitida aos calços, que comunicam com o aro da roda e fazem-na parar. Estes travões são leves e suficientes para utilizações pouco exigentes.

Sistema de disco

Pode ser mecânico ou hidráulico. Os mecânicos são acionados através de um cabo (tal como os V-brake) e a força é exercida no disco montado junto ao eixo da roda. Nos travões de disco hidráulico, a força aplicada na manete faz deslocar o óleo que movimenta os pistões. Estes pressionam a pastilha contra o disco.

As pastilhas dos travões de disco duram mais. São menos suscetíveis à sujidade do que as dos calços dos V-brake.

Limpeza e manutenção da bicicleta

A maioria das peças da bicicleta é de metal. Para manter um andamento rápido e suave, faça uma verificação antes de sair e uma boa limpeza, no regresso.

Antes de sair com a bicicleta

Se a sua bicicleta utiliza travões hidráulicos, aperte a manete e veja se a roda para. Nos travões de pastilhas, aperte e verifique os cabos e veja se há desgaste nas pastilhas.

Regra geral, a pressão dos pneus deve situar-se entre os 2.5 e os 4.5 bar, mas o melhor é confirmar o que está indicado na roda. Ajuste segundo o seu peso e o trilho que vai percorrer. Se o condutor for mais pesado, precisa de mais pressão nos pneus. Para circular na estrada, os pneus devem também ter mais pressão do que nos trilhos mais acidentados. Nos caminhos mais radicais, os pneus menos cheios amortecem o impacto.

Verifique se a corrente está limpa, sem sinais de corrosão ou se precisa de lubrificante.

Para ajustes rápidos, leve uma câmara-de-ar e um kit com várias ferramentas, como desencravador de corrente, desmonta-pneus e chaves sextavadas.

Cuidar da bicicleta no regresso

Deve fazer uma limpeza imediata. Se a sujidade secar, é mais difícil limpar. Use água, detergente, esponja, panos e uma escova para limpar locais mais difíceis.

A corrente acumula muita sujidade. Limpe os cantos mais difíceis com a escova. Depois, enrole o pano ou a esponja ensopada em água com detergente à volta da corrente e acione os pedais para a movimentar.

Limpe com um pano seco e dê uma volta com a bicicleta para secar a água nas junções.

Aplique lubrificante na corrente, nos desviadores, nas manetes e nos cabos dos travões. Remova o excesso para não atrair sujidade. O lubrificante não deve entrar em contacto com os calços ou com as pastilhas dos travões.

Manutenção de bicicleta elétrica

Se o passeio é feito numa bicicleta elétrica, a manutenção é mais exigente. Os pneus vazios ou a sujidade nas engrenagens tornam a bicicleta mais lenta e obrigam a bateria a trabalhar mais. Ou seja, são necessárias recargas mais frequentes.

Tal como nos modelos tradicionais, deve verificar a pressão dos pneus, os cabos e as pastilhas dos travões antes de ir para a estrada.

As partes móveis, sobretudo as engrenagens, devem ficar limpas e bem lubrificadas.

Não use jatos ou sprays de água agressivos: os componentes elétricos podem não ser totalmente resistentes aos líquidos. Certifique-se de que os revestimentos das partes elétricas ficam secos e limpos.

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