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Serviços de televisão: Vodafone mantém-se à frente na usabilidade

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A Vodafone continua a ter o serviço de televisão que proporciona a melhor experiência de utilização. Quer mudar para este ou para outro operador? Apesar de a maioria dos portugueses terem uma fidelização, nem por isso lhes está vedada a troca. A DECO PROTESTE diz como fazê-lo.

26 maio 2023
Pessoa com cabeça de televisão e smile no ecrã, com as duas mãos estendidas, num cenário tecnológico azulado

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Resgatar um programa abandonado a meio, visualizar um conteúdo que passou no dia anterior ou agendar gravações são gestos triviais de quem usa um serviço de televisão. Mas, por mais comuns que possam ser, nem sempre é evidente o caminho que leva à sua fruição, pelo que se faz necessário aprender as manhas do telecomando e dos menus. À simplicidade e fluidez desta navegação chama-se usabilidade, e, se lhe parece que é igual em todos os serviços, observe melhor. Até porque o leque de funções também varia.

O estudo da DECO PROTESTE mostra que, dos quatro principais operadores em Portugal, a Vodafone continua a devolver a melhor experiência de utilização. Mas o que fazer com uma tal constatação?, perguntar-se-á o leitor que não é subscritor deste serviço. A televisão é apenas uma das parcelas nos pacotes de telecomunicações. Caso não esteja satisfeito com o seu serviço, mas se sinta agrilhoado pela fidelização, saiba que mudar não é impossível.

Se estiver prestes a terminar a fidelização, só tem de olhar aos resultados do estudo da DECO PROTESTE e ao comparador de telecomunicações, e verificar se a sua zona está abrangida pelo operador desejado. A seguir, é fazer a adesão: o comparador ajuda. Mas, mesmo que lhe falte caminho até ao final do prazo, a nova lei das comunicações eletrónicas trouxe, a muitos contratos, reduções nos custos por rescisão antecipada.

Calcular estes valores é, porém, quase impossível para o consumidor. Os encargos devem ser proporcionais às vantagens obtidas com o serviço, mas não podem ultrapassar os custos da instalação. Junta-se aqui outro cálculo, baseado numa percentagem das mensalidades em falta até ao final do contrato. O operador deve cobrar o menor dos dois valores. Daí que a lei tenha determinado a criação de uma plataforma online, que ajuda os cidadãos a saberem os valores e as condições da rescisão antecipada. Veja o passo-a-passo preparado pela DECO PROTESTE e saiba todas as dicas para navegar na nova plataforma.

Serviços de televisão continuam a recolher dados pessoais

Foram selecionados serviços de televisão, net e telefone fixo (ou só os dois primeiros, quando possível) assentes em fibra ótica. Optou-se pela box fornecida, por velocidades de net equiparáveis e pela instalação dos serviços no mesmo ponto de acesso. Os testes, que duraram cerca de um mês, recorreram a um painel de utilizadores de várias idades.

Entre o bom e o muito bom, assim se posicionam os serviços analisados. Principais lacunas? O exagerado consumo das boxes em standby continua a ser das mais notórias: só o aparelho da NOWO escapa à tendência. Juntam-se-lhe as fracas opções de gestão da privacidade, exclusão feita à Vodafone e, em menor escala, à NOS. A configuração sem a oportunidade de definir canais ou programas favoritos é outra falha, mais evidente na MEO. Há ainda a assinalar a desesperante baixa velocidade de zapping da NOWO. Esmiucemos então estes resultados.

Quando a box se liga pela primeira vez, é lançado o processo de configuração. Apenas a Vodafone concede a possibilidade de aprovar, ou não, as opções de "Ler e Aceitar a Declaração de Privacidade" e "Ativar o Modo Inteligente". Ou seja, este operador é o único que separa a funcionalidade mais intrusiva em termos de recolha de dados pessoais, que é o sistema de recomendação de conteúdos, dos demais termos e condições necessários para usufruir do serviço. E não impede o seu uso, se a componente intrusiva for recusada. A NOS também fornece os termos e condições no arranque, mas o utilizador tem de aceitá-los em bloco, ainda que, nos menus, possa desativar a publicidade direcionada. Porém, o sistema de recomendações é impossível de desligar.

Segundo o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, a recolha e o tratamento de dados pessoais, para construção de perfis, depende do consentimento explícito do utilizador, que deve ter ainda uma forma expedita de consultar e gerir as opções de privacidade. Neste último quesito, a NOWO, em especial, e também a MEO deixam bastante a desejar.

Na configuração, deveria ser igualmente possível definir listas de canais ou conteúdos favoritos, e fazer a ordenação manual dos canais. O último cenário é apenas viável na Vodafone. Já os canais favoritos só podem ser organizados de forma manual na NOWO e na NOS. Listas de conteúdos preferidos estão unicamente vedadas na MEO.

Utilização dos serviços é bastante intuitiva

O poder de avançar e recuar na programação, o acesso às gravações automáticas e ao guia eletrónico de programas, a localização de conteúdos e as gravações, agendadas ou não, são ações que dão liberdade ao utilizador para romper com a tradicional forma de ver televisão. Todos os serviços permitem visualizar os conteúdos emitidos nos sete dias anteriores e consultar a programação dos seis seguintes. O acesso às gravações automáticas também é sempre bastante intuitivo. Idem para o guia eletrónico de programas, se excetuarmos a MEO, que pode exigir mais tempo de aprendizagem. Aqui, o guia visa o uso mais numa lógica de separação por temas. A MEO compensa, contudo, na localização de conteúdos. Embora simples na concorrência, o processo é mais completo, ao prever blocos de categorias com subdivisões por tema e ao admitir a pesquisa por nome.

Quanto à gestão das gravações, a Vodafone toma a dianteira. Prevê no comando um botão para iniciar a gravação de conteúdos que estejam a decorrer, além de o agendamento via guia eletrónico de programas ser muito fácil. Permite ainda bloquear e localizar gravações sem grande fadiga. Mesmo assim, os restantes serviços são bastante satisfatórios a este nível.

Pausar as emissões ao vivo ou mudar de canal são mais duas prerrogativas do utilizador sem amarras. A Vodafone e a NOS têm botões para iniciar a pausa e fazer a navegação, ou seja, andar para trás ou para a frente a várias velocidades. No zapping, a NOS é a mais rápida. Cerca de 23 segundos é quanto leva a alternar entre 15 canais. Na NOWO, é preciso mais de um minuto.

Comando remoto é agora mais funcional

O objeto que traduz o poder supremo do utilizador é o comando. A mudança de canal e o controlo do som são intuitivos com os quatro aparelhos, que também se revelaram ergonómicos. O comando da Vodafone melhorou, mas ainda oferece a pior adaptação à mão.

Ao nível de botões, a opção da MEO é minimalista, mais parecendo vocacionada para um leitor multimédia. Porém, o operador informou a DECO PROTESTE de que o consumidor pode trocar o comando, sem custos, por uma versão mais completa.

A MEO, a NOS e a NOWO têm comandos com microfone. Mas o último não admite pesquisas por voz. Já no da NOS, o reconhecimento de voz permite pesquisas por programa e canal, bem como aceder a menus.

Consumo da box e do router permanece elevado

Router e box continuam devoradores de energia. Aliás, as boxes gastam quase tanto a funcionar quanto em standby. Cálculos feitos, a NOWO regista o gasto global mais moderado, com 13,7 W, pelo router e pela box em standby. A Vodafone está no extremo oposto, com 17,6 W.

Para escapar ao standby, pode prescindir da box. Perde, entre outras, a possibilidade de recuar sete dias na programação. E o que ganha? Com a tarifa simples do serviço universal da EDP, na potência de 3,45 KVA, a poupança anual chega a 8,27 euros, na NOS. Mais interessante, o ambiente ganha com a não-utilização de aparelhos que, mais cedo ou mais tarde, irão engrossar as fileiras do lixo eletrónico, e que até poderiam ser substituídos por uma app instalada nos sistemas de smartTV. Não, não é ficção científica. Vários operadores já preveem este tipo de apps, mas com limitações. Desde a NOS, que pede um extra pelo uso, à Vodafone, que só as disponibiliza a quem tem box do operador...

 

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