Teste a tablets

Como escolher o tablet

Ajudamos a encontrar o melhor para si.

O tablet perfeito não existe, mas há os que melhor se adaptam às suas necessidades e orçamento. A imagem e o ecrã tátil, por exemplo, fazem a diferença na altura da compra. Saiba o que deve valorizar e como escolher o melhor tablet.

Guia de compras

Principais características

Com uma diagonal de ecrã tipicamente entre 7 e 13 polegadas, o tablet destina-se a uma utilização em qualquer lugar. É essencial que o ecrã seja legível, sobretudo se for usado no exterior. Verifique a refletividade e se a visibilidade é correta sob a incidência direta de luz artificial ou solar. Examine a imagem e a legibilidade com diferentes ângulos de visão, bem como a sensibilidade e a rapidez da resposta ao toque. O ângulo de visão, a luminosidade e o contraste são critérios decisivos. Para uma comparação mais precisa, veja os resultados do nosso teste a tablets.

O tablet deve garantir autonomia suficiente para sobreviver, no mínimo, um dia sem carregar a bateria. A autonomia de alguns modelos ronda as quatro horas com o ecrã ligado, o que é insuficiente. Os melhores tablets permitem navegar via wi-fi durante mais de 12 horas seguidas.

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O melhor tablet

Nem todos os tablets são bons para todos os tipos de pessoas. É importante perceber quais as suas necessidades e o orçamento disponível. Antes de comprar, deve perguntar-se quem vai usar o tablet e para que fim.

Tablets para crianças

É aconselhável limitar o tempo que as crianças e os jovens passam em frente aos ecrãs. Definidos os limites, um tablet permite ver desenhos animados ou jogar alguns jogos. Existem tablets próprios para os mais novos, que se caracterizam por ter um acabamento mais resistente ou uma versão do software adaptada para crianças. Mas o desempenho fica aquém de outros modelos normais, dentro da mesma gama de preços. Pode investir num tablet pequeno, com menos de 8 polegadas, que também é dos mais baratos (consegue comprar um por menos de 100 euros). Se possível, crie um perfil de criança para limitar o conteúdo ao qual os mais novos têm acesso. Compre uma boa capa e um protetor de ecrã para que o aparelho dure mais tempo. Nas mãos dos mais novos, as quedas são inevitáveis e uma capa pode fazer a diferença.

Tablets para adolescentes

No caso dos adolescentes, um tablet permite acompanhar aulas online e explorar novas ferramentas e conteúdos. Pode ser usado para navegar na internet e fazer videochamadas. Caso vá fazer um uso intensivo da câmara (para redes sociais, por exemplo), verifique os critérios de fotos com câmara traseira e frontal.

Um tablet de gama média é perfeito para uso familiar partilhado. Neste aspeto, os modelos da Apple são menos convenientes porque não permitem criar mais do que uma conta. O tablet de gama média tem um tamanho clássico, geralmente entre 10 e 11 polegadas, com uma simples ligação wi-fi à rede doméstica e com bastante memória para armazenamento (64 GB seria suficiente, a menos que vá gravar vídeos. Neste caso, é recomendável que tenha, pelo menos, 128 GB). Dependendo da marca, pode encontrar modelos com estas características entre os 150 e os 500 euros.

Tablets para desenhar e editar fotografias

A criatividade e o design estão na moda, e os fabricantes sabem disso. Por essa razão, há cada vez mais modelos que incluem uma caneta (Stylus) para desenhar ou fazer anotações diretamente no tablet, o que também se reflete no preço. Noutros casos, a caneta é comprada em separado. A S Pen da Samsung costuma estar incluída nos modelos de tablet da marca, mas se a partir ou perder poderá custar cerca de 60 euros substituí-la. Para este perfil de utilizador deve avaliar se precisa de um tablet com slot para cartão SD ou se, pelo contrário, prefere um com grande capacidade de armazenamento.

Para desenhar e editar fotografias, é fundamental que o tablet escolhido tenha um ecrã grande (12 polegadas ou mais), de boa qualidade e compatível com uma caneta. Para armazenar elementos gráficos, vai precisar de ter memória suficiente (pelo menos, 128 GB). Recomendamos a compra de uma caneta compatível. 

Tablets para estudantes ou uso profissional

Para profissionais que queiram viajar com pouco peso ou estudantes que queiram fazer anotações na sala de aula, um teclado físico é essencial para escrever confortavelmente documentos e e-mails. Os teclados podem ser adquiridos separadamente. O preço varia muito, tendo em conta se é o teclado oficial da marca (pelo menos, 130 €) ou um teclado universal (a partir de 20 euros). 

Para estudantes ou profissionais, será útil um tablet com um ecrã grande, de 12 ou 13 polegadas. A ligação wi-fi pode ser suficiente para se ligar em casa, no escritório ou na escola, mas, para quem vai ter de trabalhar ou estudar em lugares sem rede wireless, uma versão de tablet com 4G/5G pode ser a melhor opção. 

Além da capacidade de armazenamento – que, neste caso, deveria ser de 256 GB –, é conveniente que o tablet tenha autonomia que permita trabalhar um dia inteiro. Tenha também em conta a compatibilidade dos programas e dos ficheiros.

Para profissionais e estudantes, uma boa escolha seria um iPad Pro ou um Microsoft Surface Pro com uma Type Cover em ambos os casos. Os iPad Pro custam entre 800 e 2500 euros, dependendo da versão, da ligação à internet e da capacidade de armazenamento (de 128 GB a 2 TB). Os Microsoft Surface Pro custam entre 800 e 2600 euros, dependendo do modelo, da memória RAM (de 4 GB a 16 GB) e da capacidade de armazenamento (de 128 GB a 1 TB). Alguns estudantes podem beneficiar de um dos tablets Android no mercado, vendidos com uma caneta incluída, como alguns Samsung Galaxy Tabs com S Pen.

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Tablets low-cost

Os tablets low-cost entram em cena com o sistema operativo Android. Nas lojas, os tablets das grandes marcas “socializam” com aparelhos de fabricantes até agora desconhecidos. A maioria dos ecrãs cumpre a função de forma satisfatória, mas experimentámos alguns problemas: cores pouco vivas, visibilidade reduzida no exterior ou com luz direta, ângulos de visão limitados e funcionalidade tátil com falhas de precisão e lentidão.

Os aparelhos de baixo custo permitem navegar na net, utilizar o correio e as redes sociais, ouvir música e reproduzir vídeos. Mas a experiência não é tão satisfatória e prepare-se para o pronto-socorro do carregador.

Uma das maiores fraquezas dos tablets baratos é a reduzida autonomia. A bateria deverá durar o tempo suficiente para um dia. O ideal é contar com mais de oito horas, mas seis horas já é um valor razoável. A maioria dos aparelhos de baixo custo dura menos de quatro horas a utilizar a net e menos de cinco horas a reproduzir vídeos.

Ao nível do sistema operativo, todos os modelos de baixo custo utilizam versões do Android mais antigas. E, por isso, podem não ser compatíveis com algumas aplicações.

Para apresentarem um preço tão apetitoso, os fabricantes poupam na qualidade de alguns componentes. A memória anunciada é sempre inferior à capacidade real para armazenar conteúdos multimédia e instalar aplicações. Felizmente, todos os modelos baratos dispõem de uma entrada para cartão micro-SD, que permite aumentar a memória.

Se pretende um dispositivo pequeno, portátil, para realizar algumas tarefas de forma mais cómoda e não é muito exigente com a tecnologia, os tablets low-cost justificam a atenção. Se tem muitas ambições em matéria de desempenho, nem considere esta hipótese.

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Wi-fi, 4G e aplicações

Para navegar na net, alguns tablets só acedem via wi-fi. Outros proporcionam ligação às redes de dados móveis de terceira e quarta geração.

O acesso permanente é crucial para explorar ao máximo o tablet. Informe-se sobre os custos da subscrição e acompanhe os dados do tráfego para evitar surpresas. Há operadores que disponibilizam tarifários de internet móvel para usar em PC, hotspots e tablets, mas o acesso à internet móvel não se esgota aí. É possível colocar um cartão de um qualquer operador móvel (mesmo que até inclua minutos e mensagens que não use), desde que seja compatível. Em alternativa, também pode fazer do smartphone um hotspot. É escolher a opção mais barata em cada momento e a que melhor serve o utilizador.

As aplicações e o potencial do tablet dependem do sistema operativo  de base. Este é um fator decisivo. O iOS e o Android são os principais titãs em confronto. O iOS é muito intuitivo, mas fechado. Já a App Store, necessária para descarregar as aplicações, é bastante completa. Quase todos os concorrentes optaram pelo Android. Mas se os princípios são idênticos, a versão ou a aparência variam em função do aparelho. Para o utilizador, a diferença começa nas aplicações. Nalguns casos, estas revelam-se dececionantes. Muitas são inúteis e mal concebidas.

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Outras características úteis

Este tipo de dispositivos fica obsoleto rapidamente com o passar dos anos. Por isso, quanto melhores forem as características técnicas do tablet, mais poderá prolongar a sua vida útil.

Capacidade de armazenamento. No geral, um tablet não armazena tantos dados quanto um telemóvel, pois geralmente não é usado para tirar fotografias ou para ter apps de mensagens instaladas, como o WhatsApp, através das quais se recebem muitos ficheiros. No entanto, se usar o tablet para o trabalho, vai precisar de muito mais armazenamento. Como recomendação geral, deverá ter, pelo menos, 32 GB de memória interna. Encontra tablets no mercado com memória até 512 GB.

Ranhura SD. Alguns tablets têm uma slot para inserir um cartão de memória Micro-SD externo, útil para guardar conteúdo multimédia (fotos, músicas ou vídeos) sem ocupar a memória principal do tablet. Ou, pelo contrário, para permitir colocar conteúdo de um cartão de memória no tablet.

Câmara para fotografias. Por norma, os tablets tiram fotografias com qualidade inferior às dos smartphones. A vantagem é que as fotos são, imediatamente, reproduzidas no ecrã grande. A maioria dos modelos tem uma segunda câmara na parte frontal do equipamento, sem flash e com resolução menor, mas útil para selfies e videochamadas.

Ligações. Caso tenha um USB-C, será compatível com dispositivos HDMI ou Ethernet (com um conector) e qualquer carregador universal servirá. Se os seus auscultadores tiverem um conector de 3,5 mm, certifique-se de que o tablet também tem esse tipo de ligação.

Segurança. Para si, é importante que o equipamento tenha detetor facial ou, melhor ainda, impressão digital? Escolha um tablet com estas possibilidades de segurança.

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Vantagens e desvantagens

A mais-valia do tablet é a consulta de conteúdos, leitura de e-mails, navegação na net, vídeos, música e jogos.

Ao contrário do computador clássico, é mais complexo criar conteúdos num tablet. Não é fácil escrever um texto com várias páginas através do teclado virtual.

Em matéria de versatilidade, todos os tablets falham em, pelo menos, uma das ligações mais úteis. Para conseguir um tablet versátil, verifique se está munido de vários tipos de ligações (de dados, para cartões de memória, para teclado e monitor, entre outras). Muitos só têm uma porta, do tipo micro-USB. Mas nela podem ser ligados vários dispositivos, usando um adaptador para o efeito.

Mantenha a memória sob vigilância: 16 GB podem parecer muito, mas são facilmente ocupados, sobretudo, ao transferir vídeos ou fotografias.

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Questões frequentes

Respondemos às principais dúvidas sobre tablets.

Tablet ou eReader?

O tablet pode ser usado como um leitor de e-books. Caso a leitura seja o objetivo principal na compra do equipamento, é preferível comprar um eReader. A bateria de um tablet dura algumas horas, enquanto a de um eReader pode durar semanas. O ecrã de um tablet ainda é um ecrã de PC, com os pós e contras deste tipo de equipamento: ao ar livre, com luz solar intensa, é praticamente ilegível. Já no caso do ecrã de um eReader, é como se estivesse a ler em papel.

Como partilhar a internet do telemóvel com o tablet?

Se não tiver uma rede wi-fi, poderá partilhar os dados móveis do telemóvel para fazer a ligação. Ative o ponto de acesso wi-fi no seu telefone. Configure o nome e a palavra-passe da rede que irá criar a partir do telemóvel. Ligue o tablet ou o portátil à rede que criou com o telemóvel. Também pode ligar outro telemóvel à rede wi-fi criada com o telemóvel. Esta operação pode consumir muitos dados móveis do seu tarifário, sobretudo se o sistema operativo ou algumas apps precisarem de ser atualizadas. Esta operação também gasta muita bateria do telemóvel.

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